A Procuradoria Geral da República apresentou um parecer contra o pedido de medida cautelar, impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Sinpol-PE via Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (COBRAPOL), para forçar a governadora Raquel Lyra (PSDB) a aumentar a remuneração do Programa Jornada Extra de Segurança (PJES). “O SINPOL-PE não esperava um posicionamento diferente da PGE, pois ela está tentando defender os cofres do Estado uttilizando-se de um argumento raso para subsidiar uma grave ilegalidade e um desrespeito a todos os Policiais Civis e demais profissionais de segurança pública, afinal receber as horas trabalhadas extraordinariamente como horas-extra é um direito de todo trabalhador”. “O que impressiona é posicionamento do Ministério Público Federal, órgão responsável pela fiscalização do cumprimento das Leis, ao não reconhecer o devido pagamento do PJES como hora extra e, além disso, vê-lo dizendo que, pela voluntariedade ou porque o Policial se sujeita a isso, descaracterizaria a questão da hora extra”. “O Policial se sujeita essa situação para não ter que fazer ‘bico’ em outras áreas, pois prefere trabalhar em hora extra dentro da própria Polícia, continuando a ajudar a população, mesmo sabendo que o valor que é pago não é o valor justo e devido, mas o fato dele se dispor a isso, por uma necessidade devido aos péssimos salários praticados e em respeito ao povo de Pernambuco, não pode descaracterizar o fato de que trabalhar além da sua hora normal é hora extra, e que isso é reconhecido a todo e qualquer trabalhador nesse país”, afirma o presidente do SINPOL-PE, Rafael Cavalcanti.
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