Após a aprovação da urgência para o projeto de reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (19), por 287 votos a 144 um dia após o requerimento ter sido rejeitado no plenário da Casa, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgou uma nota contra a celeridade na análise da proposta. “A urgência é um verdadeiro açodamento, que compromete o processo democrático”, afirmou o presidente da entidade, Germano Siqueira, no texto. “O substitutivo apresentado pelo deputado Rogério Marinho desnaturou totalmente o projeto original, que já era prejudicial para o Direito do Trabalho.” O relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) sobre a reforma trabalhista amplia o poder dos acordos entre patrões e empregados sobre a legislação; faz ressalvas à recém-aprovada lei sobre terceirização; regulamenta o teletrabalho; e retira da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a obrigatoriedade da contribuição sindical para trabalhadores e empregadores. » Em nota técnica, MPT pede rejeição ao relatório da reforma trabalhista » Reforma trabalhista prevê demissão ‘de comum acordo’ entre trabalhador e empresa » Reforma trabalhista trará mudanças em 100 pontos da CLT, diz relator A proposta torna regra geral a prevalência dos acordos coletivos, enquanto o texto original previa a negociação mais forte que a lei em apenas 13 pontos.
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