O delator da Odebrecht, ex-executivo Hilberto Mascarenhas que comandava o Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, chamada de “departamento de propina” que, segundo ele, movimentou US$ 3,37 bilhões a 2014, afirmou durante seu depoimento ao Ministério Público que a empresa descontava dos bônus anuais pagos e executivos o valor de repasses irregulares feitos pela empresa. “É possível que um executivo que não tivesse feito ou solicitado nenhum pagamento irregular ainda assim ganhasse bônus pelos resultados?”, questionou um dos procuradores. “Sim, ele seria até mais premiado, com certeza, por não ter feito a empresa correr riscos”, respondeu Mascarenhas, durante depoimento no dia 15 de dezembro do ano passado.
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