Sem alarde, o Governo do Estado dá um passo para realizar a licitação do sistema de transporte por ônibus do Grande Recife.

A realização de licitação é prometida desde 2013 pelas gestões do Governo do Estado, mas nunca chega.

Na gestão Raquel Lyra (PSDB), até se marcou audiência pública sobre a licitação e foram divulgados alguns critérios, como lotes que seriam licitados.

O fato novo é que a gestão Raquel Lyra promete agora “zerar” o processo e fazer uma nova modelagem da licitação.

Para revisar a modelagem da futura licitação, o Estado irá contratar, sem licitação, uma “instituição sem fins lucrativos”.

O objetivo da contratação será a “realização de serviços técnicos especializados de natureza singular, para análise técnica, financeira e contratual com vistas à revisão da modelagem do novo processo licitatório de concessão do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife-STPP/RMR, lotes 03 a 07, do Estado de Pernambuco, e avaliação do seu impacto financeiro e operacional”.

A entidade contratada sem licitação receberá pelo novo estudo R$ 170.975,88 (cento e setenta mil, novecentos e setenta e cinco reais e oitenta e oito centavos).

O prazo para a entidade entregar ao Estado a nova modelagem será de seis meses.

Enquanto isso, segundo fontes no Estado, a esperada licitação deve seguir parada.

LEIA MATÉRIA DO JC DE ABRIL DE 2024 Segundo o Jornal do Commercio, os passageiros do transporte público da Região Metropolitana do Recife terão que esperar ainda mais tempo para ver a lendária licitação das linhas de ônibus ser concluída.

A previsão do governo de Pernambuco é de que o processo seja finalizado apenas no início de 2026.

A licitação das linhas de ônibus foi lançada ainda na gestão Eduardo Campos (PSB) - após mais de dez anos de idas e vindas -, implantada parcialmente em 2014, mas engavetada um ano depois devido aos custos estimados desproporcionais para o Brasil pós euforia da Copa do Mundo de 2014.

Somente 25% da operação do sistema do Grande Recife foi licitada, enquanto que 75% seguem com operadores permissionários, sem contrato jurídico de operação e dependendo, basicamente, da arrecadação tarifária.