De acordo com fontes extra-oficiais, a medida ainda não foi anunciada, mas é bem provável.
A mudança inicial de fato aconteceu no Prorural. “O problema é que a ala Ferreira ainda tem relação com o governo, mas não comanda o partido”.
Nesta mesma linha, a irmã do deputado Joel da Harpa, que estava trabalhando no Detran, foi exonerada.
Joel da Harpa disse que “governo está triturando policiais e bombeiros militares” Durante a reunião da Comissão de Finanças na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Joel da Harpa questionou a falta de diálogo com o governo de estado.
O parlamentar afirmou que para o bem, a gestão estaria sendo devagar e muita mais rápida para fazer o mal.
Joel da Harpa chegou a dizer que o governo atual está fazendo pior do que o anterior.
Paulo Câmara, que, antes de sair, deu um aumento de 20%. “Já Raquel Lyra manda um projeto com uma casca de banana que é um pseudo aumento.
Fica difícil defender”, afirmou o parlamentar, na Alepe. ‘Ela nem ouve os deputados, nem associações, ela não está ouvindo ninguém”, afirmou. “Sou classista, sou pela tropa e sempre serei.
Estou deputado mas sou policial e para sempre serei”, afirma.
Raquel Lyra tira cargos do PL e abre caminho para tentar aliança com LulaVeja o texto, abaixo A governadora Raquel Lyra (PSDB) exonerou nesta terça-feira (30) cargos indicados por integrantes do PL no Governo de Pernambuco.
A ação acontece em meio a turbulências na relação dela com o partido na Assembleia Legislativa e pode abrir caminho para uma aliança futura da gestora com o PT, partido do presidente Lula.
A saída do PL do governo foi articulada por Raquel após insatisfações com a conduta de deputados estaduais da legenda.
O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro tinha indicação no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e no ProRural (Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural) de Pernambuco.
O PP, comandado pelo deputado federal Eduardo da Fonte no estado, deve ocupar a vaga no Detran.
O partido tem sido o mais fiel à governadora nas votações de projetos na Assembleia, enquanto o PL tem 3 dos seus 5 deputados na oposição e apenas 1 parlamentar da bancada aliado a Raquel Lyra.
A movimentação também abre caminho para um convite futuro para ingresso do PT no governo, visando a uma aliança para as eleições de 2026.
A expectativa é que conversas com os petistas aconteçam somente depois das eleições municipais.
A saída do PL do governo tem como motivação a ausência de votos pró-Raquel Lyra na bancada do partido na Assembleia Legislativa.
As críticas do partido de Bolsonaro à governadora são sobretudo em temas da segurança pública, área espinhosa para a atual gestão.
Em Pernambuco, o PL é presidido pelo ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira, aliado do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto.
O partido conta com outra ala, mais ligada a Bolsonaro, comandada pelo ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto, pré-candidato a prefeito do Recife.
Nos bastidores, Anderson e Gilson travam uma disputa por protagonismo no PL.
Pragmático, Anderson foi quem bancou a aliança com Raquel Lyra no início do governo dela, em 2023, enquanto a ala mais ideológica do partido tem feito críticas à governadora.
Atualmente, o governo busca vitória na Assembleia em um projeto que propõe a extinção gradual das faixas salariais da Polícia Militar até 2026.
Mas o PL e outros partidos de oposição, como o PSB, querem antecipar o fim das faixas salariais para 2025 ou até mesmo antes, indo de encontro ao governo, que alega não ter condições orçamentárias para fazer essa movimentação.
Já nas eleições do Recife, a divergência está consolidada, com o PL tendo a candidatura de Gilson Machado, enquanto Raquel apoiará o ex-deputado e secretário estadual de Turismo Daniel Coelho (PSD).
Para 2026, Raquel Lyra cogita mudar de partido.
PSD e MDB são os mais cotados para uma eventual migração.
A perda de fôlego do PSDB e a possibilidade de disputar a reeleição em um partido com mais musculatura política e de fundo partidário são os componentes da equação.
No entorno da governadora, não está descartado um eventual apoio a Lula em 2026.
Petistas pernambucanos dizem, sob reserva, que o presidente não recusaria o apoio junto com o do prefeito do Recife, João Campos (PSB), que pode ser candidato a governador contra Raquel se reeleito neste ano.
Membros do PT já afirmaram publicamente que, com o PL no governo, seria impossível uma eventual composição com a governadora.
Agora, o movimento abre flanco para nova avaliação.
O entorno do senador Humberto Costa não descarta uma candidatura à reeleição na chapa de Raquel.
O Palácio do Campo das Princesas também vê chances da aliança.
O assunto, porém, não é pacificado dentro do PT.
O secretário de Meio Ambiente do Recife, Oscar Barreto, integrante da gestão João Campos, diz que o futuro do partido no estado tem que ser ao lado do atual prefeito. “O partido é maior e cumpre uma tarefa de reforçar a Frente Popular [coalizão política do PSB].
No PT, hoje, tem uma turma grande aliada da governadora Raquel, incluindo a bancada estadual, inclusive que tenta uma candidatura [no Recife] para ter apoio da governadora”, diz. “O que mais interessa hoje é a liderança que João Campos exerce no Recife e em Pernambuco, e não mais discutir interesses pessoais.” O PT se posicionou como oposição a Raquel, mas os três deputados estaduais do partido têm votado frequentemente alinhados ao governo do estado, incluindo o ex-prefeito do Recife João Paulo.
Uma possível candidatura própria dele tem sido estimulada nos bastidores pelo Palácio do Campo das Princesas, para atrapalhar João Campos e forçar um segundo turno, mas a ideia não avançou até agora.
Na semana passada, Raquel recebeu integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) junto com a deputada estadual Rosa Amorim (PT) na sede do governo.
As fotografias do encontro irritaram integrantes do PL e expuseram a proximidade de ala do PT com o governo.
Já a ala insatisfeita do PT avalia que João Campos não trata o partido adequadamente na disputa pela vaga de vice na chapa do prefeito.
Conforme revelou a Folha, o prefeito articulou a filiação de quatro secretários municipais a partidos aliados como alternativas para a vaga de vice na chapa dele.
João Campos resiste a ceder a vaga ao PT, que quer preencher a vaga na expectativa de assumir a prefeitura em caso de renúncia do prefeito para ser candidato a governador em 2026.
O PSB prefere que um aliado de confiança de João Campos seja o vice do prefeito.
Na visão do partido, os quatro secretários que se aliaram a partidos da base de João Campos se encaixam nesses critérios.
Entraram em partidos, na reta final do prazo de filiação, os secretários municipais de Finanças, Maíra Fischer (União Brasil); Infraestrutura, Marília Dantas (MDB); de Planejamento, Felipe Matos (Republicanos); e o chefe de gabinete, Victor Marques (PC do B).
Ainda no páreo, o PT tem dois nomes como pré-candidatos à vaga: o assessor do Ministério das Relações Institucionais, Mozart Sales, e o deputado federal Carlos Veras.