Nesta sexta-feira, a CNN Brasil divulgou pesquisa da AtlasIntel sobre as eleições no Recife.
A grande surpresa foi a posição do candidato bolsonarista Gilson Machado, do PL de Bolsonaro, com mais de 21% das intenções de voto.
João Campos segue com larga vantagem, com quase 50% dos votos.
Após a divulgação dos dados, o diretor de risco político do instituto AtlasIntel, Yuri Sanches, disse que João Campos demonstra habilidade em captar votos de eleitores mais à direita do espectro político.
E isto pode ser um problema para Gilson Machado. “Ele consegue, de uma forma também muito hábil, garantir ou trazer para si cerca de 60% dos eleitores que votaram em Raquel Lyra (PSDB), atual governadora de Pernambuco, na última eleição, em 2022, e também cerca de 30% até 37% no segundo cenário dos eleitores que votaram em Jair Bolsonaro na última eleição”, analisa o diretor. “Machado, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), tem dificuldade em ampliar sua base para além dos eleitores bolsonaristas no Recife, que representam uma parcela menor do eleitorado”.
O blog já havia detectado esta tendência, a partir das caneladas dos bolsonaristas no socialista, via redes sociais.
Em política, não se chuta cachorro morto.
Se João Campos está sendo chutado, é porque está vivo e incomodando a direita mais radical.
Leia Também ‘Não há neve que não derreta’, diz João Paulo Liderança de João Campos De acordo com pesquisa divulgada pela Atlas/CNN, o atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), lidera com ampla vantagem a disputa pela Prefeitura da capital pernambucana nas eleições de 2024.
Segundo a análise de Yuri Sanches, Campos consegue manter mais de 80% dos seus eleitores da última eleição.
De acordo com a pesquisa, Campos aparece com 57,3% das intenções de voto e Gilson Machado (PL), 21,4%.
Com essa vantagem folgada, de mais de 30 pontos percentuais, Campos teria margem para aguardar e definir quem será seu vice na chapa.
O PT pleiteia essa vaga, mas as negociações ainda estão em curso.
Sánchez destaca que o prefeito também preserva a maior parte dos votos de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Marília Arraes (Solidariedade), sua prima e adversária na eleição anterior.
Com informações da CNN