O BNDES e o Consorcio Nordeste realizam nesta quinta-feira, dia 25, em Recife, o Seminário “Recaatingar: estratégias de proteção ambiental e inclusão produtiva”.
O evento antecipa a celebração do Dia da Caatinga, em 28 de abril, além de debater os desafios e políticas públicas para a promoção do desenvolvimento sustentável.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e a diretora Socioambiental do BNDES participam da abertura do seminário, por videoconferência.
Neste cenário, um estudo realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), em 2023, constatou aumento de 52% das áreas semiáridas no país e o surgimento da primeira área árida no Brasil: 5,7 mil km² na divisa de Bahia e Pernambuco.
No estado, essa área alcança territórios de Petrolina e Belém de São Francisco.
No Seminário o Consórcio Nordeste e o BNDES irão debater diagnósticos e propostas com o MMA, CEMADEM, Embrapa, ASA e representantes de governos estaduais, buscando identificar os caminhos para a recuperação ambiental e combate à desertificação que estejam conciliadas com oportunidades de desenvolvimento econômico e melhoria na qualidade de vida das populações locais.
Em Pernambuco, 123 dos 184 municípios do Estado correm risco de desertificação, segundo estudo de 2021 da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - DIVULGAÇÃO/NEMA/UNIVASF Exclusivamente brasileiro, a Caatinga é o principal bioma da região nordeste e lar de cerca de 27 milhões de pessoas.
Apesar de ser o bioma semiárido mais populoso e biodiverso do mundo, é um dos mais degradados e menos protegidos do país.
A Caatinga contém 62% da área sujeita à desertificação do Brasil.
Segundo o BNDES, o Recaatingamento envolve uma série de técnicas que visam a recuperação da vegetação nativa e a reabilitação ecológica das áreas degradadas da Caatinga.
Ele é crucial para garantir a sustentabilidade do bioma Caatinga, proporcionando benefícios ecológicos, como a conservação da biodiversidade. a regulação do clima local, a saúde do solo, além de benefícios sociais.
O Consórcio Nordeste e o BNDES veem construindo propostas de restauro e proteção da Caatinga, e que simultaneamente impulsionem o desenvolvimento socioeconômico da região. “Este enfoque não apenas ajuda na recuperação ambiental, mas também gera oportunidades econômicas e melhoria na qualidade de vida das comunidades locais.
Atualmente, 1.5 milhão de agricultores familiares, aproximadamente 50% dos agricultores familiares do Brasil, encontram-se no Bioma”, diz o governo federal.