Segundo um levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, o Nordeste possui cerca de 23 mil empresas que já poderiam migrar para o mercado livre de energia, sendo mais de 4 mil apenas em Pernambuco.

De olho neste cenário, a Tyr Energia, líder no comércio varejista de energia no Rio de Janeiro, incluiu o Nordeste em seu plano de expansão. “O Nordeste brasileriro avança de forma acelerada no mercado livre de energia.

Mas apesar de estar na vanguarda de produção de energia renovável - eólica e solar - devido, não só, aos custos mais baixos dos terrenos em comparação com o Sul e Sudeste e à sua geografia única -, ainda há muito espaço para a modalidade crescer na a região, principalmente após o decreto de uma portaria que libera, desde janeiro de 2024, a migração de todos os os consumidores ligados na alta tensão, independentemente do volume de carga”, explica Joana Waldburger, diretora-executiva da Tyr Energia.

A executiva Joana Waldburger disse acreditar que ainda existe um espaço vazio no mercado livre de energia para ser preenchido até alcançar a média nacional - divulgação “Temos acompanhado a chegada de grandes indústrias, que estão envolvidas de forma direta ou indireta com energia elétrica, como é o caso da fabricantes de carros elétricos BYD.

Isso incentiva que outras empresas aportem na região e gerem ainda mais demanda.

Para lidar com esse aumento, é fundamental investir em eficiência energética.

E o mercado livre é a ferramenta mais poderosa que temos para buscar a eficiência no consumo de energia ” afirma.

Na avaliação da executiva, no atual cenário na região, mesmo com empresas de diversos segmentos, como mineração ou mesmo fabricantes de baterias, passando para empreendimentos de pequeno porte, como bares, restaurantes e pousadas, existe uma grande oportunidade no mercado livre de energia varejista, que ainda é pouco explorada. “A média brasileira de empresas que estão alocadas no comércio livre de energia é de 41%, porém a média da região nordestina é de 37%, um pouco abaixo da média nacional”, disse Waldurger.

Como a maior parte da energia gerada pelos projetos eólicos na região foi vendida no mercado livre atacadista, seja ele de compra e venda de energia para grandes empresas ou projetos de alta produção, o ecossistema do Nordeste conhece a base regulatória, contratos jurídicos e estruturas contábeis do mercado livre de energia. “Dessa maneira, a região já está pronta para o varejo, com as devidas adequações.

Essa é uma região inovadora, com diversos hubs tecnológicos e logísticos.

E essa é uma oportunidade para democratizar a energia renovável”, diz Waldburger.

A executiva disse acreditar que ainda existe um espaço vazio para ser preenchido até alcançar a média nacional. “É necessário que os médios e pequenos empresários estejam a par de todos os benefícios que o mercado livre de energia oferece, para que assim, consiga se igualar com quem hoje mais se beneficia da modalidade, como é o caso dos empresários das regiões Sul e Sudeste”.