Diogo Melo Victor, presidente da Associação dos Delegados e Delegadas de Polícia de Pernambuco (ADEPPE), divulgou, nesta sexta-feira, uma nota de repúdio contra à conduta da advogada Graciele Queiroz, responsável pela defesa do empresário Rodrigo Carvalheira, acusado de estupro.

A categoria reagiu porque, no dia 12 de abril de 2024, em coletiva de imprensa, informou “impropriedades sobre investigação” que culminou com prisão do empresário Rodrigo Carvalheira.

No caso, ela disse que a motivação seria política, mas sem dar mais detalhes.

Na nota, a entidade cita que advogada Graciele Queiroz tem OAB em São Paulo (505176) mas ainda está sem inscrição suplementar na seccional de Pernambuco, segundo consta no Cadastro Nacional de Advogados).

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Ademais, deve ressaltar que as investigações passaram pelo crivo do Ministério Público e do Judiciário, tendo sido acatada a fundamentação constante na Representação das Delegadas de Polícia”. “… não houve coletiva de imprensa por parte da presidente do inquérito, não tendo que se falar em “show midiático”, até porque foi decretado o sigilo das investigações que não está sendo respeitado pela defesa técnica do suposto autor do crime, dando suposta interpretação particular acerca de prova produzida”. “A ADEPPE provocará a Comissão de Ética da OAB-PE para a análise dos fatos, a fim de contribuir para a melhoria da atuação da advocacia pernambucana, sem prejuízo das implicações cíveis e penais decorrentes da conduta dessa advogada, que não refletem a urbanidade, a seriedade e o profissionalismo dos advogados pernambucanos”.