Em contraponto à pré-candidatura do deputado federal Túlio Gadêlha (Rede, aliado de Raquel Lyra) à Prefeitura do Recife, a dirigente estadual e nacional do partido Rede Sustentabilidade Alice Gabino lançou seu nome para ser vice na chapa da deputada estadual Dani Portela (PSOL).
O objetivo é formar uma chapa de esquerda formada por mulheres pretas. “Venho disponibilizar meu nome à Federação PSOL/Rede na cidade do Recife, para ser candidata à vice-prefeita, em consonância com o projeto de candidatura apresentado à esta Federação pela companheira Dani Portela (PSOL)”, “Não nos cabe flexibilização ou até mesmo adesões e flertes com projetosque sejam apadrinhados pela força da governadora Raquel Lyra (PSDB).
Por isso, faz-seurgente o exercício da coerência e coragem em defesa da democracia e daquelas e daquelesque mais precisam em nosso estado e na cidade do Recife, o que só reforça a necessidade deuma candidatura majoritária feminina, negra e de esquerda para a cidade”, escreve.
Na carta de inscrição da sua pré-candidatura, Alice Gabino reforçou que o projeto é de oposição ao Governo Raquel Lyra, em mais um contraponto a Tulio Gadêlha, que é alinhado à gestora tucana desde Caruaru, depois de se eleger deputado federal e servir de contraponto local ao então deputado federal Wolney Queiroz.
A dirigente ressaltou o alinhamento do seu projeto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com os preceitos democráticos. “Recife é uma cidade com sua maioria populacional sendo mulheres e com o recorte de raça preponderantemente negro. É preciso que o povo recifense se veja representado nos espaços de tomada de decisão” Críticas à Raquel Lyra Nas eleições para governo do estado, a Federação PSOL/Rede em Pernambuco apresentou no1º turno uma chapa majoritária, tendo João Arnaldo (PSOL) como candidatoao governo do estado e Alice Gabino foi candidata a vice-governadora representando a Rede Sustentabilidade. “Em Pernambuco, passaram ao 2º turno como candidatas ao governo do estado MaríliaArraes (SD), e Raquel Lyra (PSDB).
A candidata Marília Arraes (SD) fez a opção pelocampo democrático e popular apoiando Lula, enquanto a candidata Raquel Lyra (PSDB)preferiu ficar “neutra e em cima do muro” subestimando o perigo que a continuidade dogoverno Bolsonaro representava para a democracia e o povo brasileiro, e na prática flertoucom o bolsonarismo, cujas forças políticas conservadoras apoiaram sua candidatura aogoverno de Pernambuco”, afirma. “O palanque de Raquel Lyra (PSDB) agregou o apoio político-partidário de candidatos,figuras públicas e partidos da base bolsonarista, o que ficando evidente que a então candidata e hoje governadora, Raquel Lyra (PSDB), representava anseios do bolsonarismo naquele pleito”.
PSOL e Rede formam uma federação, mas no Recife caminhos opostos se apresentam.
Dani Portela lidera oposição à Raquel Lyra na Alepe.
Túlio Gadelha vê seu futuro associado à tucana - Divulgação Críticas a João Campos “Recife está longe de ser a capital que aparece nas propagandas de TV que o governoJoão Campos (PSB) vem propagando.
O modelo de gestão que não consegue tirar Recife damarca de 2ª capital com maior desigualdade no Brasil, ainda tem como desafios erradicar adesigualdade social, alavancar a empregabilidade, assegurar que as juventudes periféricas,negras e diversas tenham condições de oportunidade e vida em nossa cidade, bem como,colocar as mulheres como prioridade no orçamento do município garantindo uma efetivaparticipação das mulheres na cena de desenvolvimento socioeconômico do Recife”, escreveu. “Os problemas são inúmeros e não se limitam às áreas de periferia, temos impactos nostransportes e esgoto também. É preciso enfrentar de verdade as consequências da mudança doclima que atingem diretamente a vida das pessoas e principalmente os que mais necessitam.Não podemos continuar oferecendo para a população recifense uma cidade desigual,ambientalmente insustentável e humanamente insegura para se viver”.
Violência no Recife “É preciso garantir uma cidade segura para os recifenses, não dar mais para tratar osproblemas de segurança de nossa cidade como um jogo de empurra empurra entre odesastroso governo Raquel Lyra (PSDB) e a atual gestão municipal, que se exime da suaresponsabilidade ao afirmar que a responsabilidade pela segurança pública nas ruas é doestado.
Usando como referência a Constituição Estadual, a gestão municipal afirma que o art.101 da carta, diz que “a Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade detodos, é exercida para preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e dopatrimônio e asseguramento da liberdade e das garantias individuais através da Polícia Civil e da Polícia Militar”.
Então a população do Recife vai continuar sofrendo os impactos econsequências de uma cidade insegura e violenta e a gestão municipal vai fechar os olhos,pois a responsabilidade é somente do Estado?”