O candidato a vereador Luiz Eustáquio, ex-PT e hoje no PSB, pode ter ficado em um mato sem cachorro, no meio da janela partidária para as eleições municipais deste ano.
Depois de ter sido convidado pelo deputado federal Tulio Gadelha (Rede) para entrar no partido, abandonando o PSB e fortalecendo a legenda do advogado, Eustáquio descobriu que pode não ter a ficha abonada.
De acordo com informações de bastidores, no acordo nacional entre os dois partidos federados, em Pernambuco quem inscreve a chapas é o PSOL, não a Rede. “O PSOL não aceita nem aceitará a filiação dele de jeito nenhum”, informa uma fonte partidária.
Trata-se, ainda, de mais um capítulo da disputa por espaço e poder entre Gadelha e a deputada estadual Dani Portela, que lidera a oposição ao governo Raquel Lyra enquanto Gadelha é aliado da ex-prefeita de Caruaru, para onde carreou emendas, na disputa com o ex-deputado Wolney Queiroz, no PDT.
De acordo ainda com as fontes de bastidores, com acesso às negociações, Luiz Estáquio teria feito este movimento com receio da sobrevivência política, diante de uma chapa forte a ser montada no PSB.
Neste quadro, o candidato ajuda levando votos, ampliando a cauda eleitoral, mas ajudando a eleger os nomes melhor colocados.
Em setembro de 2015, o vereador havia se filiou ao partido Rede Sustentabilidade, mas voltou ao PSB.
Em 2004, foi eleito para o primeiro mandato na Câmara Municipal do Recife com 6.601 votos.