A deputada estadual Dani Portela (PSOL) protocolou uma carta-compromisso de sua pré-candidatura à prefeitura do Recife na Federação PSOL/Rede, como uma etapa do ciclo de construção interna para a definição da chapa majoritária no pleito de 2024.
Segundo a parlamentar, a candidatura do PSOL/Rede no Recife deve cumprir uma função espefífica, posicionando a federação na defesa do Governo Lula e à esquerda de João Campos, bem como um contraponto à gestão Raquel Lyra e no combate à extrema direita no Recife. “Minha trajetória política como candidata a Governadora em 2018, como vereadora mais votada do Recife em 2020 e como deputada estadual eleita em 2022, são reflexos dos avanços democráticos pela ocupação dos espaços públicos por mulheres negras, vistos nos últimos anos”, disse.
O documento foi intitulado de Manifesto ao Futuro e detalha o posicionamento que a postulação da parlamentar se compromete ao disputar a vaga pela federação.
A definição do nome que representará a chapa PSOL/ Rede acontece no dia 15 de abril, após votação do diretório municipal da Federação. “O documento reflete a construção coletiva que vem sendo feita durante toda a trajetória política, junto com os movimentos sociais, movimentos de mulheres, de negras e negros e LGBQIAPN+.
Nós mantivemos uma postura firme ao longo de todo o tempo de vida pública, sem neutralidade, assumindo os compromissos necessários para a construção de um projeto de cidade mais justo e igualitário para todas e todos.
Acredito, assim como o presidente Lula, que é preciso incluir os pobres no orçamento público”, afirma.
Dentre os pontos destacados na carta-compromisso estão a sua atuação enquanto líder da oposição ao governo Raquel Lyra e o combate às desigualdades no Recife. “Considerando os últimos anos, o Recife em 2020 ocupava o lugar de capital mais desigual do país.
De acordo com pesquisa recente, a nossa cidade continua numa posição crítica no que se refere às desigualdades, ocupando o segundo pior lugar no ranking das capitais.
Recife tem hoje a segunda maior taxa de desocupação do Brasil, com 15% da população desempregada. É também a segunda capital com a maior quantidade de pessoas abaixo da linha da pobreza, com 11,2%.
Esse quadro é ainda mais preocupante, quando analisamos os dados sob as perspectivas de gênero e raça, considerando que grande parte das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social são mulheres, em sua maioria mulheres negras e periféricas”, aponta Portela.