A oposição ao governo Raquel Lyra avalia que a governadora Raquel Lyra, do PSDB, de um “tiro no pé” ao propor a criação do bilhete único para o transporte coletivo, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
A promessa havia sido feita na campanha e era mais uma forma de se contrapor ao PSB e aos governantes socialistas, que chegaram a sugerir a medida, mas depois recuaram e jamais a implantaram. “A medida não beneficia ninguém no Recife.
Em troca de uns poucos centavos, as pessoas estão sofrendo mais nos terminais.
Antes, elas levavam 40 minutos esperando nos terminais.
Agora, com a retirada dos ônibus em meio ao tal bilhete único, a demora passa de uma hora e vinte minutos”, afirma uma fonte socialista. “A medida também desagradou aos próprios empresários.
Qual é o empresário que vai atender ao governo ganhando menos?
Diminuíram a frota para compensar, mas tiveram que elevar os subsídios para R$ 140 milhões, na última tacada, já que não haviam pago o subsídio do ano passado” Com crise na segurança e com avaliação negativa elevada, o governo do Estado precisava criar fatos políticos para sair das cordas.
Bilhete Único dos ônibus e operação na RMR A proposta apresentada pelo Governo de Pernambuco de implementar a tarifa única nas passagens de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) foi aprovada por unanimidade durante reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), no dia 22 de fevereiro.
A iniciativa reduziu o valor do Anel B de R$ 5,60 para R$ 4,10, e segundo o governo beneficia mais de 700 mil usuários do transporte público.
A estimativa é de que o subsídio direto do Governo do Estado seja de R$ 310 milhões/ano.
No ano passado, o valor do repasse foi de R$ 250 milhões.
A implantação da tarifa única foi um compromisso assumido pela governadora Raquel Lyra, “priorizando aqueles que moram em áreas mais distantes e que precisavam pagar mais caro para chegar aos seus destinos”. “A unificação dos dois anéis das linhas regulares vai deixar as viagens mais vantajosas, gerando economia para os passageiros, principalmente aqueles que fazem percursos maiores”, divulgou o Estado.
Na época, Matheus Freitas, Diretor-Presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, disse que a extinção do Anel B atingiu 70 linhas e aproximadamente 125 mil passageiros foram beneficiados, que eram do anel B e passam a pagar R$ 4,10. “A aprovação da Tarifa Única foi histórica.
Isso sempre foi uma grande necessidade e reivindicação daqueles que utilizam o transporte público e a sua aprovação é uma vitória não apenas do governo estadual, que apresentou a proposta, mas principalmente dos usuários pagantes que utilizam esse serviço diariamente.
A partir de agora o passageiro vai poder circular pagando a menor tarifa do sistema”, comentou na época o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra.