O jornal Folha de São Paulo diz que, ao longo dos últimos dez anos, a relação entre pessebistas e petistas é de múltipla desconfiança e inclui dois rompimentos em Pernambuco.

A reportagem é de José Matheus Santos, ex-repórter do blog.

No PT, a leitura é que há resistência de Campos e do PSB.

Caso haja negativa, os petistas prometem apelar à única pessoa que acreditam que jamais ouvirá de Campos um não: o presidente Lula.

Se mesmo assim não for possível, o PT admite que não há espaço para enfrentar o PSB e promete responder em 2026, caso o pessebista precise de apoio na disputa estadual.

Em entrevista à rádio CBN Recife em janeiro, Lula falou pela primeira vez sobre o assunto. “Acho que o João Campos tem clareza que é importante uma aliança com o PT.

O que eu espero é que ele faça uma boa construção de chapa.

Ele tem que se acertar em Pernambuco porque eu não tenho um nome para indicar”, disse. “Tem duas lições importantes.

A primeira é saber se João Campos vai ser candidato a governador em 2026.

Aí quem for candidato a vice será prefeito de verdade”, afirmou Lula.

Os petistas de Pernambuco querem deixar o prefeito numa encruzilhada: se sair para ser candidato em 2026, o PT assume o Recife; caso não seja, querem acordo para Campos apoiar um nome do PT para enfrentar Raquel.

No Carnaval, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, esteve em eventos no Recife junto a Campos e outros aliados, incluindo os cotados para a vice Carlos Veras e Mozart Sales.

No entorno da tucana, há a crença de que Campos deverá ser candidato a governador em 2026.

Por isso, o governo tenta levar a eleição do Recife para o segundo turno para disseminar o discurso de derrota, já que aliados do prefeito apostam na vitória em primeiro turno para, dependendo do percentual, mostrar força perante a governadora.