A Câmara Municipal do Ipojuca rejeitou na última semana, o projeto de lei de autoria do poder executivo que pedia autorização para que o município adquirisse um novo empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF).
O valor do empréstimo chegava aos R$ 100 milhões, através do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA).
Empréstimo negado pela maioria Apesar de 9 dos 13 vereadores da Câmara do Ipojuca se colocarem como governistas, o projeto de lei 001/2024, que autoriza o município de Ipojuca a contratar operações de crédito no valor de R$ 100 milhões, foi rejeitado na última terça-feira (20).
O placar foi de 4 votos pela aprovação e igual número de votos pela rejeição.
Entre eles, o próprio Deoclécio.
Cinco vereadores não compareceram à sessão.
Como o regimento interno determina quórum especial de 2/3 dos 13 parlamentares para aprovação deste tipo de matéria, o projeto acabou sendo reprovado.
O presidente da Casa Legislativa, vereador Deoclécio Lira (PT), possível candidato de oposição nestas eleições municipais, disse que o município não necessita de um novo empréstimo, mas de uma gestão eficiente. “Ipojuca é uma cidade rica, mas a sua arrecadação, a terceira maior do Estado, não reflete em qualidade de vida para a população.
Em 2020, ano eleitoral, a atual gestão pegou R$ 90 milhões emprestado junto ao Governo Federal e agora, no último ano do seu mandato, a prefeita queria solicitar um novo empréstimo, levando a cidade a um endividamento histórico e um débito a ser gerido pela futura gestão.
O que falta é eficiência na aplicação dos recursos públicos”, disse Deoclécio.
Orçamento “A Prefeitura do Ipojuca fechou 2023 com uma receita de R$ 1,532 bilhão, valor acima do previsto para o ano, que era de R$ 1,321 bilhão.
Um superávit de quase 16%, representando a maior arrecadação da história do município.
Não há necessidade de pegar dinheiro emprestado com uma alegação que precisa para fazer obras, pois dinheiro tem”, disse o presidente da Câmara.