Sob cerco de investigações do STF, na volta à Paulista, onde já chamou ministros do STF de canalhas, o ex-presidente Bolsonaro foi extremamente cauteloso em sua fala e defendeu anistia para os manifestantes presos no 8 de janeiro e pacificação na classe política no Brasil. “Busco a pacificação para passar uma borracha no passado.” Em determinado trecho, o ex-presidente do PL reclamou que não seria justo afastar competidores das eleições, em uma possível referência ao processo pelo qual foi punido no TSE, tornando-se inelegível.

Por mais de uma vez, Bolsonaro disse que o importante, no ato, era a fotografia, que iria rodar o mundo.

Na fala, Bolsonaro negou que tivesse havido conspiração golpista no seu governo. “Golpe é com tanque nas ruas”, chegou a afirmar.

Bolsonaro falou em “perseguição” contra ele, segundo o qual só aumentou depois que deixou a Presidência da República.

Bolsonaro fez as declarações em cima de um trio elétrico ao lado de aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca o apoio do ex-presidente.

As crítica ao Poder Judiciário foram terceirizadas no ato com Bolsonaro> Coube ao pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, fazer críticas tanto ao STF como ao TSE em seu discurso durante o evento, antes do ex-presidente.

Na véspera, Ciro Nogueira, líder do centrão e ex-ministro de Bolsonaro, já havia dito que o ex-presidente foi orientado a não atacar a Justiça, como havia feito em ao menos duas festas de 7 de setembro.