O deputado estadual João Paulo, do PT, conhecido por ser defensor da questão Palestina, foi um dos que em Pernambuco saiu em defesa de Lula no episódio envolvendo Israel.
No arco conservador, o ex-ministro do turismo de Bolsonaro, Gilson Machado, também se pronunciou, atacando Lula. “Minha solidariedade ao presidente Lula que, numa posição de estadista e em defesa dos povos oprimidos do mundo, pronunciou-se contra o genocídio em curso na Palestina, que já deixou um saldo de 28 mil mortes, a maioria crianças e mulheres.
Reafirmo meu apoio aos palestinos, por um imediato cessar-fogo na região e a retomada da constituição de um Estado Palestino livre e soberano. #lulatemrazao”, afirmou João Paulo. “A banalização do Holocausto pelo Presidente de ocasião, coloca o País na sarjeta do relacionamento internacional.
Impressionante parte da imprensa domesticada, minimizando e contemporizando com essa profanação do sofrimento do povo de Israel, com mais de 6 milhões de vítimas”, escreveu.
No plano nacional, a imprensa brasileira repercute desde a noite de domingo (18) a notícia de que a oposição ao governo Lula já recolhe assinaturas para instaurar um processo de impeachment contra o presidente da República, em virtude de suas declarações sobre a guerra de Israel em Gaza. “O Brasil nunca tinha entrado na briga.
O Pr de ocasião (como se refere ao presidente Lula) escolheu um lado.
Aqui temos a maior comunidade árabe do mundo.
E grande comunidade judaica, que sempre conviveram bem.
Inclusive tenho amigo judeu casado com libanesa”, disse o ex-ministro.
Em passagem pela capital da Etiópia no último final de semana, Lula disse que não há paralelos na história para o massacre que Israel pratica indiscriminadamente contra o povo palestino em Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2022, a não ser com o que Hitler fez contra os judeus.
A declaração causou reações de Israel e de seus defensores no Brasil.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Lula desonrou a memória de mais de 6 milhões de judeus assassinados pelo regime nazista.
Nas redes sociais, o deputado federal Kim Kataguiri disse que “Lula nos colocou em rota de colisão com uma das nações mais amigas do Brasil. (…) Essa atitude precisa de uma resposta imediata das instituições brasileiras.” O deputado federal petista Lindbergh Farias também saiu em defesa de Lula. “A direita brasileira não para de ameaçar a democracia e tentar tomar o mandato na marra.
Agora falam em impeachment de Lula por criticar duramente, como deve ser feito, os absurdos cometidos pelo governo ultradireitista de Netanyahu, que tem o sangue de mais de 10 mil crianças palestinas nas mãos.” Hipocrisia Nas redes sociais, internautas lembraram que o ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputada federal Bia Kicis travaram encontros com políticos do partido neonazista da Alemanha sem que isso fosse interpretado como uma afronta a Israel, nem ter sido motivo de pedido de impeachment.
Outros ainda lembraram que o senador Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, comparou as prisões dos manifestantes que atentaram contra a democracia em 8 de Janeiro de 2023 com o holocausto.