Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE.
A taxa de desocupação em Pernambuco no ano de 2023 foi de 13,4% da população de 14 anos ou mais, a mais alta do país.
A média nacional, por sua vez, foi de 7,9%.
Ainda assim, esse foi o menor percentual do estado desde 2015 e o resultado mostra uma tendência de queda nos dois últimos anos.
Em 2021, com a economia ainda sob efeito da pandemia, o índice chegou a 20,2%; em 2022, a taxa foi de 15,9%.
A pesquisa mostra ainda que a taxa de informalidade – trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria semCNPJ e trabalhador familiar auxiliar – foi de 50,1% da população ocupada.
Ou seja, aproximadamente metade dos pernambucanos trabalhou na informalidade em algummomento de 2023, enquanto a média nacional foi de 39,1%.
Leia Também Pernambuco teve maior taxa de desocupação do país em 2023 Em 2023, o rendimento médio habitual de todos os trabalhos em 2023 foi de R$ 1.952, o quarto menor do país, atrás apenas do Ceará, do Maranhão e da Bahia.
No Brasil, o montante é de R$ 2.979. “Esses resultados da PNAD Contínua têm sido corroborados por outras pesquisas conjunturais do IBGE.
Os indicadores de produção industrial, de serviços e de vendas do comércio já demonstravam, ao longo de 2023, um menor dinamismo na economia pernambucana, que acabam de refletir no nível de ocupação da população.
O grande volume de pessoas no mercado informal, sem garantias trabalhistas e com menores rendimentos do trabalho, gera uma insegurança quanto ao futuro, refletindo em menores despesas e compras de menor valor", diz a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita. “Isso reduz as perspectivas de investimento das empresas e diminuem as chances de contratação, num ciclo de baixo desempenho econômico no estado”.