O Blog recebeu reclamação de fontes, sob reserva, que a centralização de licitações, dispensas e inexigibilidades, mesmo as emergenciais, na Secretaria de Administração de Pernambuco (SAD), estaria supostamente “travando o Estado” na palavra destes críticos.
A maior reclamação é sobre a aquisição de insumos e medicamentos para os hospitais da rede estadual de saúde.
Por decisão da governadora Raquel Lyra (PSDB), no início de 2023, todos os secretários estaduais perderam a autonomia e as licitações ficaram centralizadas na SAD.
A governadora chegou até a fazer um decreto, cassando a autonomia dos secretários.
Segundo os críticos, contudo, sempre sob reserva de fonte, a SAD não estaria “dando conta” de tanta demanda.
E as compras, mesmos urgentes, estariam “travadas” na SAD.
Na gestão do PSB, cada Secretaria tinha sua comissão de licitação.
Agora, apenas a SAD faz as licitações, mas com um número de servidores muito menor que o somatório das pessoas que compunham as secretarias, nesta área de compras, na gestão do PSB.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Pernambuco anunciou, semana passada, que faria uma “interdição ética parcial” no Hospital Barão de Lucena, no Recife, uma vez que há “uma dificuldade por parte da gestão pública de provisão de medicamentos, insumos e materiais básicos", segundo o presidente do Conselho.
Uma demostração da centralização na SAD, segundo estas fontes, foi uma licitação aberta nesta terça (23) na Secretaria para a compra de marcapassos para o Hospital Agamenon Magalhães.
O valor ficou em R$ 2 milhões e os equipamentos são urgentes, mas mesmo assim a licitação está centralizada na SAD.
A Secretaria marcou para 5 de fevereiro o início da disputa.