Por Coronel Alberto Feitosa, em artigo enviado ao blog de Jamildo A onda de violência no Equador que criou uma crise política de repercussão mundial está diretamente ligada à segurança pública, crime organizado e narcotráfico.
Especialistas em segurança apontam que este é o maior risco em comum entre os países da América Latina.
O Equador está em estado de emergência e a população com medo de ir às ruas assumir sua rotina de trabalho e também de vida.
O medo do cidadão de sair para trabalhar, de pegar um ônibus, de levar a família para passear ja é a ‘sirene da insegurança’ numa cidade, num estado, num país.
Sentimento cada vez mais familiar entre os brasileiros e muito forte entre os pernambucanos também.
E 2024 inicou ecoando a violência em nosso estado.
Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado, divulgado este mês, apontou que a primeira semana de 2024 começou violenta para os moradores da região metropolitana do Recife.
Ao menos 53 pessoas foram baleadas nos primeiros sete dias do ano: 38 morreram e 15 ficaram feridas.
O número de vítimas é o pior registrado em toda série histórica do Instituto Fogo Cruzado, que mapeia o Grande Recife desde abril de 2018.
Ainda de acordo com o levantamento, em dezembro de 2023 houve 156 tiroteios/disparos de arma de fogo na região metropolitana do Recife.
O número é 17% maior que o acumulado em dezembro de 2022.
Dos 156 tiroteios mapeados ao longo de dezembro, em 99% deles houve mortos e/ou feridos.
Ao todo, 167 pessoas foram baleadas no Grande Recife, sendo que 132 delas morreram e 35 ficaram feridas.
E mais um indicador de como estamos mal no quesito segurança pública: um levantamento do Instituto Global da Paz colocou o Recife entre as 10 cidades mais perigosas do mundo para se viver.
Enquanto os indicadores de violência aumentam, a governadora Raquel Lyra terminou ano com R$ 102 milhões parados em fundo de segurança.
Parados!
Fica aqui o alerta, a reflexão urgente de que temos que implementar políticas de segurança pública urgentes.
Sem mais ‘delongas’ porque não há tempo para ficar justificando que está “arrumando a casa”, como fala o tempo todo Raquel Lyra ou que é culpa do Bolsonaro como diz Lula e os seus asseclas petistas.
O alerta da ONU neste cenário que vive o Equador é de que o crime organizado está cada vez mais se aliando a gangues, milícias e bandos armados locais que os estados claramente não estão conseguindo enfrentar.
PS do blog: os artigos de opinião publicados não refletem necessariamente (ou desnecessariamente) a opinião do blog de Jamildo