O Instituto Brasil-Israel emitiu nota destacando que a atitude reduz as possibilidades do país atuar como mediador no conflito entre Israel e Palestina.

A nota também ressalta a responsabilidade do grupo terrorista Hamas pela eclosão do conflito atual, além de mencionar que o Hamas mantém mais de uma centena de reféns, incluindo um brasileiro.

Porém, o Instituto lamenta o discurso extremista adotado por alguns membros do governo israelense e personalidades do mundo cultural.

O Instituto reconhece a proposta de dois Estados como a única solução para evitar futuros confrontos e convoca o governo brasileiro a retomar seu papel histórico como construtor de consensos internacionais e protagonista na busca pela solução de dois Estados convivendo pacificamente.

Veja os termos abaixo “Ao conceder apoio à denúncia contra Israel na Corte de Haia, o governo rompe com a tradição diplomática brasileira, de moderação e equilíbrio, reduzindo as possibilidades de o País atuar como mediador no conflito israelense-palestino. É preciso lembrar, como bem sinalizou a nota do governo, que o grupo terrorista Hamas é o grande responsável pela eclosão do conflito atual.

A nota não menciona, porém, que o Hamas detém mais de uma centena de reféns, sob as piores condições, incluindo um brasileiro.

Ao mesmo tempo, nada disso justifica o discurso extremista adotado por determinados membros do governo israelense e personalidades do mundo cultural que emprestam apoio a ele.

Lamentamos profundamente o grande número de vítimas civis palestinas em Gaza, e reconhecemos a proposta de dois Estados apontada no memorando como sendo a única solução para evitar novos confrontos sangrentos.

Superando os extremismos, é possível criar condições para a existência dos dois Estados convivendo pacificamente.

Nesse contexto, conclamamos o governo a retomar o papel histórico na construção de pontes de consenso internacionais que o possibilitem atuar como protagonista e mediador da solução de dois Estados.”, assina o Instituto Brasil-Israel.