O anuário MultiCidades - Finanças dos Municípios do Brasil mostra que a despesa com pessoal das prefeituras brasileiras apresentou um aumento real de 8,3% de 2021 a 2022, passando de R$ 401,39 bilhões para R$ 434,62 bilhões.

Isso representou um acréscimo de R$ 33,23 bilhões aos gastos municipais.

No entanto, apesar desse aumento nas despesas, o bom desempenho das receitas resultou em uma diminuição na participação das despesas com pessoal na receita corrente, pelo quinto ano seguido.

A economista Tânia Villela, editora do anuário, explicou que o fim do congelamento dos salários e os reajustes elevaram a despesa com pessoal, mas a participação na receita corrente atingiu o mesmo patamar de 44% de 2005-2006, o menor de toda a série histórica.

Leia Também Fortaleza, Recife e Salvador detém os maiores gastos com pessoal no Nordeste Segundo Tânia, ao analisar os elementos que compõem as despesas com servidores, observa-se um crescimento real de 6,6% nos vencimentos e vantagens fixas, e um aumento de 28,1% nos gastos com servidores contratados em designação temporária, principalmente nas áreas de educação e saúde.

As obrigações patronais sobre a folha de pagamento também registraram um aumento de 8,3%, acrescentando mais R$ 2,35 bilhões.

Quanto aos benefícios previdenciários pagos pelos Regimes Próprios de Previdência Social municipais, as aposentadorias tiveram um aumento de 5,4% e as pensões cresceram 3,2%.

No ranking nacional, as cidades com as maiores despesas com pessoal foram São Paulo (SP), com R$ 25,76 bilhões, Rio de Janeiro (RJ), com R$ 16,3 bilhões, Belo Horizonte (MG), que gastou R$ 5,32 bilhões, Curitiba, com R$ 4,79 bilhões, e Fortaleza (CE), que teve R$ 4,68 bilhões com gastos com pessoal.

Entidade nacional compara gastos das cidades com pessoal - Reprodução