O Governo de Pernambuco, em conjunto com o Ministério de Portos e Aeroportos, lançou o edital de licitação da obra de dragagem do canal interno do Porto de Suape.

O edital, que será publicado no Diário Oficial da União e no Diário Oficial do Estado, prevê a remoção de 3,8 milhões de metros cúbicos de areia e lama para aprofundar o canal para 16,2 metros.

Com a obra, o Porto de Suape poderá receber navios de grande porte, como porta-contêineres de 366 metros de comprimento e outros navios com capacidade máxima.

Atualmente, apenas navios com calado de 12,1 metros podem acessar o atracadouro no período do inverno, na maré zero.

Leia Também Cai movimentação geral de cargas em Suape em outubro O processo licitatório da nova dragagem deverá ser concluído no primeiro trimestre de 2024 e o início das obras coincidirá com a finalização das intervenções no canal externo, que está em obras no momento.

A expectativa é de que as intervenções do canal interno tenham duração de oito meses.

A dragagem do Porto de Suape é um grande passo para potencializar a operação de todos os píeres e cais, além dos dois terminais de contêineres (o segundo começa a operar em 2026).

O conjunto das intervenções, que atende a padrões internacionais de segurança e às exigências da legislação ambiental, colocará Suape ainda mais em posição de destaque no cenário global, estimulando a atração de novas rotas marítimas e permitindo a atracação das maiores categorias de navios do mundo com capacidade máxima de carga.

Histórico de problemas Todo o processo foi acompanhado pelo Blog de Jamildo.

A obra do canal de aproximação de Suape teve início em 2011, durante o governo Eduardo Campos, e parou em maio de 2013, quando o então governador começou a entrar em conflito com a presidente Dilma Rousseff, antes de se lançar candidato a presidente em 2014.

Somente no final do governo Paulo Câmara um acordo judicial histórico foi feito com o objetivo de concluir uma licitação aberta ainda no governo Eduardo Campo, após dez meses de negociação.

Roberto Gusmão, então diretor presidente de Suape, foi o responsável por fechar o acordo com a empresa holandesa de dragagem Royal Van Oord.