Crises sanitárias graves, como a pandemia de Covid-19, exigem colaboração coletiva.

Mas o que levou as pessoas a aceitarem ou não as medidas de proteção contra a doença?

Uma pesquisa com 12,8 mil pessoas de 34 países, incluindo o Brasil, sugere que três fatores são determinantes: o nível de confiança no governo, o medo e a empatia.

O estudo, publicado na revista Communications Psychology, do grupo Nature, foi coordenado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Os pesquisadores cruzaram dados relacionados às percepções de temor sobre a doença, de empatia com os impactos sociais da pandemia e de confiança no governo.

Os resultados mostraram que, em geral, as pessoas com maior nível de confiança no governo foram mais propensas a aceitar as medidas de proteção.

Isso porque elas acreditam que o governo está fazendo o que é necessário para controlar a pandemia.

Por outro lado, as pessoas com maior medo da doença também foram mais propensas a aceitar as medidas de proteção.

Isso porque elas querem se proteger e proteger os outros.

Finalmente, as pessoas com maior empatia com os impactos sociais da pandemia também foram mais propensas a aceitar as medidas de proteção.

Isso porque elas se preocupam com o impacto da doença na sociedade.

No Brasil, os resultados da pesquisa foram semelhantes aos resultados globais.

Os brasileiros com maior nível de confiança no governo, medo da doença e empatia com os impactos sociais da pandemia foram mais propensos a aceitar as medidas de proteção.