A possível venda da Copergás, distribuidora de gás natural do estado de Pernambuco, para uma multinacional japonesa, deixou os bastidores e provocou reações políticas.

A senadora Teresa Leitão (PT) e o Sindicato dos Petroleiros manifestaram opinião contrária à venda.

Nesta segunda, a senadora Teresa Leitão disse acreditar que a governadora Raquel Lyra tem a oportunidade de garantir que a companhia permaneça sob controle estatal.

Ela disse que se preocupa com os efeitos do negócio para a população, para as empresas sediadas no estado, e para os interesses sociais e financeiros do próprio estado.

Thiago Gomes, secretário Jurídico do Sindicato dos Petroleiros, também é contrário à venda.

Ele levanta uma reflexão sobre o interesse social dessa movimentação. “Estamos passando por um momento que é divisor de águas.

Que Copergás interessa a Pernambuco?

Uma que seja mera geradora de dividendos para transnacionais ou aquela que fomenta o desenvolvimento de nosso Estado, com um insumo competitivo?”, questiona. “Estamos alertando sobre os efeitos devastadores a médio e longo prazo do controle da Copergás passar para mãos de empresas multinacionais.

O mercado da Copergás é um mercado cativo.

Caso concretizada a venda das participações para qualquer agente do mercado que não seja o Estado, fatalmente será buscado a maximização dos lucros, estando permanentemente indiferente às consequências dos aumentos de margem para toda cadeia produtiva”, afirmou.