O Plano Real é considerado o segundo programa ou ação mais importante para a economia brasileira nas últimas décadas, perdendo apenas para o Bolsa Família.
A pesquisa foi realizada pela Febraban com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país.
No Norte, 15% apontaram o Plano Real como o mais importante, ante 32% do Bolsa Família.
No Nordeste, esses índices foram de 20% e 32%, respectivamente.
No Centro-Oeste, o Plano Real também foi citado como o mais importante por 20% dos entrevistados, abaixo dos 27% que lembraram do Bolsa Família.
Em contrapartida, no Sul e no Sudeste, o Plano Real foi considerado a medida econômica mais importante.
O levantamento também revelou que o combate à inflação continua sendo uma preocupação do brasileiro.
No Norte, 65% dos entrevistados disseram continuar muito preocupados com a inflação.
No Nordeste, 62% afirmaram o mesmo, enquanto no Centro-Oeste esse índice atingiu 58%.
Nas três regiões a população afirmou que a inflação permanece alta ou muito alta.
No Norte (51%) e no Centro-Oeste (50%) essa percepção é maior, ficando em 45% no Nordeste (a média geral do país é de 47%).
A pesquisa também sondou como anda a confiança do brasileiro no real após 30 anos da moeda.
Atualmente, a confiança no real é considerada maior no próprio país do que fora dele, junto a outros países e investidores estrangeiros.
A região Norte acompanha a média nacional (60%) daqueles que confiam na moeda brasileira; no Nordeste, o índice de confiança é de 61% e no Centro-Oeste, 55%.
Os resultados da pesquisa mostram que o Plano Real é uma medida econômica que ainda é valorizada pelos brasileiros, mesmo nas regiões onde o Bolsa Família é mais lembrado.
O combate à inflação também é uma preocupação constante da população, que percebe que a moeda brasileira ainda não é totalmente consolidada.
Na política, erro do PSDB foi fatal. “Com o tempo, o PSDB abandonou os ganhos do Plano Real e transformou o antipetismo no valor que o diferenciava na disputa, dando ao partido um eleitorado à direita que, depois, o trocou por Bolsonaro”, escrevem Felipe Nunes e Thomas Traufmann, em Biografia do Abismo.