Sem alarde, na semana passada, na mesma terça-feira 12 em que realizou confraternização com parte da imprensa local, a governadora Raquel Lyra teve mais uma reunião com o Comando Militar do Nordeste (CMNE) para tratar da implantação do projeto da Escola de Sargentos do Exército, a ser implantada em Abreu e Lima, se tudo der certo.

De acordo com aliados, na reunião, Raquel Lyra disse aos militares que o governo do Estado vai cuidar das promessas de obras para dar infra-estrutura ao projeto. “Já estamos rodando as contrapartidas”, comentou com a equipe deslocada pelo Exército para acompanhar o projeto.

O governo do Estado, por exemplo, já planejava anunciar a licitação das obras exigidas para requalificação da PE 027, solicitada pelos militares para facilitar o acesso ao futuro empreendimento, caso ele saia do papel mesmo.

O processo foi estancado.

Os próprios militares pediram que fosse incluída uma ciclovia na obra.

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A questão ambiental, suscitada pelos militares como um dos eventuais problemas para abandonar a opção por Pernambuco, continua na mesa.

O governo do Estado repetiu no encontro que não se trata de uma questão simples, considerando trechos da Mata Atlântica, e que tem que se chegar a um acordo sobre o desmatamento.

Em suas apresentações, os militares afirmam que não existe desmatamento zero e que por isto existem as compensações exigidas pela lei. “A autorização terá que ser dada pelo Ibama (órgão federal)”, observou um interlocutor estadual.

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