A Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE, também levantou quais são as condições de moradia dos brasileiros.

Em Pernambuco, 70,6% dos imóveis eram próprios e já pagos, e 19,1% eram alugados.

No Recife, 62,7% dos imóveis eram próprios e 27,4% alugados.

Sobre o esgotamento sanitário, 36,2% dos pernambucanos vivem em domicílios que não são ligados à rede geral de distribuição e 24,2% dos lares não estão ligados à rede geral de distribuição de água, recorrendo a poços e outras formas de abastecimento.

Além disso, dos sete milhões de pessoas que vivem em domicílio próprio, 18,2% vivem em lares sem documentação de propriedade.

Além disso, das 1 milhão e 850 mil pessoas que vivem em domicílios alugados, 24,1% delas têm ônus excessivo com aluguel, ou seja, gastam 30% ou mais do rendimento domiciliar com esta obrigação.

Educação: Três em cada dez pernambucanos de 15 a 29 anos não estudam e nem trabalham.

Mulheres pretas recebem um terço a menos do que os homens brancos O rendimento médio domiciliar per capita do pernambucano foi de R$ 991, o quartomenor do país.

No recorte por sexo, o rendimento médio do homem em Pernambucofoi de R$ 1029 e o da mulher foi de R$ 955.

Já o rendimento médio domiciliar percapita das pessoas brancas foi de R$ 1.222, enquanto o das pessoas pretas ou pardasfoi de R$ 886.

No cruzamento de dados por sexo e raça, os homens brancos tiveram omaior rendimento, de R$ 1.272, enquanto as mulheres pretas e pardas receberam R$848, ou seja, um terço a menos.

Entre os 40% de pessoas com menores rendimentos, o rendimento domiciliar médioper capita é de R$ 280, o quarto menor do país, atrás do Maranhão, do Acre e deAlagoas.

Já os 10% da população com maiores rendimentos recebem, em média, R$4.061.

Isso significa que o percentual de população com maiores rendimentos recebe12,4 vezes mais do que o percentual de população com menores rendimentos.

Pernambuco tem menor desigualdade desde 2012 A desigualdade na distribuição de renda é medida pelo índice de Gini, dado que também faz parte da Síntese de Indicadores Sociais.

Quanto mais perto de 1, maior é a concentração de renda.

Em 2022, Pernambuco teve a décima maior concentração de renda do país, de 0,515, abaixo da média nordestina (0,517) e da média brasileira (0,518). É o melhor resultado da série histórica deste indicador, iniciada em 2012.

No ano anterior, o índice havia alcançado 0,579.

O Recife, por sua vez, foi a sexta capital mais desigual do país em 2022, com índice de Gini de 0,556, atrás de João Pessoa (0,568), Fortaleza (0,566), São Paulo (0,564), Natal (0,563) e Belém (0,561).

Em 2021, a capital pernambucana tinha sido a segunda mais desigual do país.

A Síntese de Indicadores Sociais estima que, sem benefícios de programas sociais ou governamentais, o Índice de Gini em Pernambuco e no Recife saltaria para 0,580 e 0,592, respectivamente.

A extrema pobreza diminuiu em Pernambuco em 2022, de acordo com a Síntese deIndicadores Sociais (SIS).

No ano passado, 11,7% da população pernambucana, o equivalente a 1,1 milhão de pessoas, vivia com menos de 2,15 US$ PPC de renda per capita por dia, ou R$ 199 por mês, parâmetro proposto pelo Banco Mundial.

O estado é o quinto com mais pessoas na extrema pobreza, superado apenas pelo Maranhão, Acre, Alagoas e Bahia.

Em 2021, 19,4% de pernambucanos se encontravam nessa situação.

Além disso, metade dos pernambucanos (50,7%) do total, continuaram abaixo da linha da pobreza em 2023, ou seja, recebendo menos de US$ 6,85 PPC por dia (R$ 635 por mês) frente a 59,7% em 2021.

Já no Recife, são 6,7% dos residentes na extrema pobreza e 36,2% abaixo da linha da pobreza.

A pesquisa estima ainda que, se não houvesse nenhum benefício social, como o Bolsa Família e o BPC, 21,4% dos habitantes de Pernambuco viveriam na extrema pobreza e 56,6% viveriam na pobreza.