Uma semana depois de o blog de Jamildo ter revelado e alertado para o real risco de perda da Escola de Sargentos do Exército (ESA) a ser construída em Abreu e Lima, a governadora Raquel Lyra deu uma forte sinalização de que não vai abrir mão do projeto estruturador.
Raquel saiu do hangar do GTA às 9h desta terça-feira (28) e fez um sobrevoo de helicóptero na região.
Depois, foi andar na mata, onde foram apresentados pelo Exército mais detalhes sobre o projeto.
Ela está acompanhada da secretária de Meio Ambiente, Ana Luíza Ferreira.
Em reportagem exclusiva, o Exército explicou que impedimentos ambientais ou judicialização poderiam prejudicar Escola de Sargentos.
Raquel Lyra sobrevoa área em que será construída a Escola de Sargentos do Exército - Reprodução/Redes Sociais As reportagens do Blog de Jamildo sobre o risco de perda do empreendimento fizeram Pernambuco acordar para a defesa do projeto.
Primeiro foi a ACP, depois a Fiepe e depois a Aspa que divulgaram notas de apoio ao projeto, mas com um texto pouco claro, que misturava dois assuntos distintos.
Raquel Lyra visita área em que será construída a Escola de Sargentos do Exército - Reprodução/Redes Sociais Leia Também Exército divulga nota e diz que mantém construção da Escola de Sargentos em Pernambuco Um dos equívocos que o esforço de reportagem mostrou foi que o projeto da Escola de Sargentos do Exército independe da viabilização do Arco Metropolitiano, promessa de campanha ainda de Eduardo Campos e que nunca saiu do papel, entre outros motivos, por conta de intermináveis discussões ambientais em torno dos vários traçados já discutidos.
O blog de Jamildo apurou que a governadora sempre foi a favor do projeto, mas está cumprindo todas as fases e fazendo as análises ambientais necessárias e com a prudência que uma ação com esta envergadura demanda. “Poderá haver uma negociação com o Exército sobre detalhes, mas o governo é favorável sim”, afirma uma fonte exclusiva do blog, no processo.
Escola de Sargentos do Exército em Pernambuco Nada de agressão ao meio ambiente Em audiência pública nesta segunda, na Alepe, o gerente do projeto da Escola de Sargentos, general Joarez Alves Pereira Júnior, repetiu que a legalidade é a base da proposta apresentada pelo Exército e se disse tranquilo quanto ao atendimento com folga de todas as exigências contidas no Código Florestal e em leis específicas.
O general também descartou contar com o Arco Metropolitano na decisão sobre a localização das instalações da instituição de ensino militar. “Eu não posso contar com uma estrada que não tem nem traçado feito, se é que ela vai sair”, afirmou o general.
Segundo Joarez Pereira Júnior, o princípio basilar do projeto é estar próximo a uma cidade de médio ou grande porte que já tenha instituições do Exército que vão dar suporte à Escola, a exemplo do Hospital Militar do Recife. “O que não pode é alguém ter que se deslocar 70 km da Escola, ou seja, 140 km com a ida e volta, para vir numa consulta médica”, exemplificou.
Segundo o general, a proposta de instalar as vilas militares ao longo da Estrada de Mussurepe ainda será avaliada.
Governo não abre mão No mesmo evento, a secretária Ana Luiza Ferreira, o Governo não irá abrir mão da preservação, e nem da Escola.
A secretária de Meio Ambiente, Ana Luiza Ferreira, disse que é preciso encontrar as convergências por meio das reuniões do grupo de trabalho criado pelo Governo do Estado com todos os atores interessados, porque “não é possível abrir mão da preservação ambiental e nem da Escola de Sargentos”.