O Plano Estratégico (PE) 2024-28+ da Petrobras prevê o aumento de capacidade de processamento nas refinarias em 225 mil barris por dia (bpd) e da produção de diesel S-10 em mais de 290 mil bpd até 2029.
A empresa diz que esta meta será suportada pela entrada de grandes projetos como o Trem 2 da RNEST (como é chamada tecnicamente a refinaria Abreu e Lima), revamps de unidades atuais e implantação de novas unidades de produção de diesel (HDT) na REVAP, REGAP, REPLAN, RNEST e GASLUB.
No final do ano passado, o blog de Jamildo antecipava que o governo Lula iria ampliar a produção na unidade de Suape. “O CAPEX da área de Refino, Transporte e Comercialização (RTC) totaliza US$ 17 bilhões para o período 2024-2028.
O segmento segue com foco no melhor aproveitamento dos ativos de refino e logística e maior eficiência energética, visando ampliar a capacidade de produção de diesel e aumentar gradualmente a oferta de produtos para mercado de baixo carbono”, explica a estatal.
Um dos destaques do novo plano é a ampliação do Programa Reftop para todo o parque de refino.
Por meio deste programa, a Petrobras vem atingindo as suas metas de eficiência e confiabilidade e economizou cerca de US$ 589 milhões entre 2021 e 2023 a partir das ações implementadas nas refinarias do Sudeste.
Com o Reftop, a Petrobras almeja colocar seu parque industrial entre os melhores do mundo em eficiência operacional e energética até 2030.
No segmento de biorrefino, serão investidos US$ 1,5 bilhão.
Esses investimentos suportarão o crescimento da capacidade de produção de Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável, na REPAR, RPBC, REDUC e REPLAN.
No horizonte do Plano, também estão previstos recursos para instalação de plantas dedicadas de bioquerosene de aviação e diesel 100% renovável na RPBC e no GASLUB, que serão concluídas após 2028.
O Plano fortalece a Petrobras no mercado brasileiro, integrando a cadeia de valor desde a produção, refino, logística até o mercado.
Serão investidos US$ 2,1 bilhões em iniciativas para remoção de gargalos logísticos, com ampliação e adequação da infraestrutura, investimento em terminais para otimizar as operações, ampliação de modais e melhoria da eficiência e resiliência.
Entre os projetos, está a construção de quatro navios da classe handy, que serão operados pela Transpetro, além de estudos para outras embarcações.
No segmento de Petroquímica, a Petrobras planeja atuar de forma integrada, maximizando sinergias com seu parque de refino e produção de óleo e gás.
Estão em estudo investimentos em petroquímica considerando tanto projetos nos atuais ativos como aquisições.
Neste PE 2024-28+, a Petrobras também marca seu retorno ao segmento de fertilizantes, com planos de retomar a operação da ANSA e a conclusão das obras da UFN 3.