Conforme o blog de Jamildo relatou, em ampla cobertura na quarta-feira, a crise entre os poderes escalou, com direito a embate público na tribuna da Assembléia Legislativa entre o presidente da casa, deputado Álvaro Porto, e a presidente da Comissão de Finanças, deputada Débora Almeida.
A deputada reclamou que o presidente tenha autorizado a continuidade da reunião da comissão, depois que ela encerrou os trabalhos na presença de todos os titulares do colegiado.
Os deputados então aprovaram os relatórios parciais sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias, contrariando o governo.Agora surgiu uma explicação não oficial para a urgência.
No total, cinco deputados estaduais pediram licença para ir para Dubai, para a conferência mundial do clima.
Oficialmente sem ônus para a casa Legislativa.
Como a maioria é oposição, os governistas acreditam que tenha sido este o motivo da pressa do presidente Álvaro Porto de votar o orçamento logo nesta semana, atropelando o Palácio Campo das Princesas e a presidente da Comissão de Finanças, Débora Almeida.
A lista é composta por Lula Cabral (PSB), Diogo Moraes (PSB), Waldemar Borges (PSB), João Paulo Costa (PCdoB) e Aglailson Victor (PSB).
Desses 5, quatro são da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Alepe, inclusive o vice-presidente Lula Cabral, do PSB.
O ministro Silvio Costa Filho, irmão de João Paulo Costa, é uma das autoridades que vai a Dubai.
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Debora Almeida não deve viajar ao exterior.
O deputado Lula Cabral informou que recebeu o convite da UNALE para participar da COP em Dubai, mas recusou o convite e, a pedido do presidente Álvaro Porto, ficará no Recife para participar das votações, na próxima semana. “Eu recebi o convite, mas a pedido do presidente Álvaro Porto recusei o convite da UNALE.
E ficarei para votar, mesmo sabendo da dificuldade que teremos na comissão com a ausência de alguns membros, como Diogo Moraes (titular) e Aglailson Victor e João Paulo Costa (suplentes)”, explicou Lula Cabral.
Em entrevista na rádio jornal, a deputada Débora Almeida foi direta no problema existente hoje de relacionamento entre o Palácio das Princesas e a Assembléia afirmando que existe um choque hoje no relacionamento da Assembléia com o Governo. “Existe uma forma diferente de se fazer política no estado, existe uma cultura diferente do Governo passado.
Então existe realmente um choque.
Como a governadora vai tentar resolver esse conflito e buscar essa harmonia é uma pergunta boa para se fazer a ela, mas é uma coisa que é muito necessário”- afirmou.