O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) realizou uma homenagem ao desembargador Antônio Carlos Alves da Silva em virtude da sua aposentadoria, após 56 anos dedicados ao Judiciário estadual pernambucano.
A solenidade ocorreu na sala Des.
Antônio de Brito Alves, do 1º andar.
O evento contou com a presença do presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos Figueirêdo, que presidiu a sessão; do corregedor-geral de Justiça, desembargador Ricardo Paes Barreto; de colegas, amigos e familiares do magistrado; da equipe do gabinete do desembargador; além de gestores, assessores e servidores.
No início da sessão houve a apresentação de um vídeo em homenagem ao desembargador Antônio Carlos Alves da Silva.
O vídeo contou com depoimentos de amigos como os desembargadores Francisco Tenório e André Guimarães, e de servidores, prestadores de serviço, e amigos pessoais do magistrado.
Simplicidade, solidariedade, leveza, ética, espírito de liderança, generosidade e superação foram algumas características em comum destacadas pelos participantes da gravação, que desejaram o início de uma nova fase cheia de realizações.
Na sequência, o presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, que assumiu a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco em 2017, falou do amigo de longa data. “Ao assumir o cargo, mantive de forma integral a equipe de Antônio Carlos pela excelência do trabalho que desenvolvia.
Segui todo o planejamento de atuação que ele tinha implantado.
Então, o êxito que o TRE teve nas gestões posteriores sempre se deveu a esse trabalho contínuo e unido com respeito aos servidores, aos prestadores de serviço, que foi a marca do desembargador Antônio Carlos no TRE.
Agradeço por todo o legado que o senhor nos deixou lá e aqui.
O senhor nos passou a lição principal: o cargo é importante, nós não, porque temos que ter humildade para exercê-lo da melhor forma possível”, destacou.
O desembargador Antônio Carlos em discurso agradeceu a homenagem, citou as referências pessoais, e relembrou a trajetória no Tribunal. “Sempre busquei transmitir amor, que recebi desde o início da minha vida, da minha avó, Áurea Alves da Silva.
Ela transbordava esse amor que me conduziu até aqui.
O amor de um vizinho José Guimarães Sobrinho, um advogado que me emprestou um terno para os primeiros desafios profissionais, e foi fundamental para que a Justiça entrasse na minha vida, e ao qual sou infinitamente grato.
Cada um tem seu processo de evolução.
A gratidão me acolheu nos momentos ruins e me alegrou nos momentos bons.
Sempre compreendi que a felicidade é a construção dos instantes compartilhados com quem a gente ama.
Sinto o prazer em fazer o bem.
Quem sempre conviveu e convive comigo sabe da minha alegria em servir”, pontuou.
A trajetória Nascido no Recife, em 1948, filho de Terezinha de Jesus e Rubens Alves da Silva, Antônio Carlos diz que começou a trabalhar aos 11 anos para ajudar os pais.
Trabalhou na área de serviços gerais, foi estoquista, e vendedor.
No Tribunal de Justiça, foi auxiliar de portaria, varreu chão do Tribunal, foi escrivão, oficial de justiça e administrador de Fórum.
Formou-se em Direito com quase 40 anos e deu início a sua trajetória rumo ao cargo de desembargador.
Eleito para a vaga de desembargador pelo critério de merecimento, em sessão extraordinária do Tribunal Pleno da Justiça estadual de Pernambuco, Antônio Carlos Alves da Silva ingressou na magistratura em 16 de março de 1989, na Comarca de Parnamirim.
Formou-se bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco, em 1985.
Essa foi a sua segunda graduação.
Em 1978, concluiu o curso de bacharelado em Relações Públicas pela Escola Superior de Relações Públicas.
Sua carreira de juiz foi marcada por atuações nas comarcas de Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Petrolina, Salgueiro, Agrestina, Caruaru, Garanhuns, Palmeirina, Serrita e Altinho.
Em 1992, o magistrado foi promovido para Juiz de Direito Substituto da 3ª entrância pelo critério de merecimento.
Antônio Carlos Alves da Silva respondia como Juiz titular da 2ª Vara do Júri da Capital até sua promoção à Desembargadoria.
Em seu trabalho no Tribunal Regional Eleitoral, presidiu as eleições nas Comarcas de Santa Maria da Boa Vista (1989) e Cabrobó (1990).
Foi indicado, em 1992, para Juiz Eleitoral da 56ª Zona de Garanhuns, respondendo também pela Coordenação de Propaganda e Registro dos Comitês e Candidatos do município.
Em 1994, presidiu a 174ª Junta Eleitoral da 2ª Zona Eleitoral.
De abril 2005 a março 2007, foi juiz da 3ª Zona Eleitoral.
Atuou, ainda, como membro da Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral do Recife, nas eleições realizadas em outubro de 2006, no período de 7 de agosto a 3 de novembro.
Foi presidente do TRE no biênio 2015/2017.
No Tribunal de Justiça, exerceu a função de desembargador substituto nas 1ª, 2ª e 3ª Câmaras Criminais.
Em 2008, exerceu, ainda, cargo de Corregedor Auxiliar para o setor do Extrajudicial na Corregedoria Geral de Justiça.
O desembargador Antônio Carlos Alves da Silva compõe a 2ª Câmara Criminal da Justiça estadual de 2º Grau.