Sem alarde, a Prefeitura do Recife abriu edital de licitação para “prestação de serviços contínuos de vigilância armada e desarmada com dedicação de mão de obra exclusiva, em 02 (dois) lotes, visando atender a Secretaria de Saúde do Recife”.

O valor estimado máximo da licitação foi orçado em R$ 44.845.384,92.

O custo poderá diminuir com a disputa entre as empresas interessadas.

A sessão de abertura das propostas ficou para 1° de dezembro.

A contratação é através de um pregão eletrônico de registro de preços pelo prazo de 12 meses.

Estimulados pela chegada do ano eleitoral, com a ajuda de vereadores conservadores, de olho nos votos para reeleição, guardas municipais do Recife reclamam que a cidade é a única capital do Nordeste cuja guarda municipal não é armada.

A reclamação aumenta quando a Prefeitura contrata empresas privadas, inclusive com vigilância armada, para proteger prédios públicos. “Recife é a única capital do Nordeste que os guardas municipais tem que andar desarmados, com total insegurança.

Os bandidos pensam que somos PMs pelo uniforme, mas não temos como nos defender”, reclama a fonte, sob reserva.

Em ao menos 20 capitais do país, as guardas municipais já contam com armas como forma de garantir a segurança dos profissionais e contribuir com o combate à violência – principalmente os assaltos.

O secretário de Segurança Cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti, já afirmou ao JC que essa possibilidade não está em estudo no Recife. “Não há evidência de que armar a Guarda Municipal irá diminuir a violência.

O Brasil vive um momento muito difícil, com explosão da violência em todos os grandes centros urbanos.

Salvador (BA) é um exemplo.

Mas armar a Guarda não é a pauta do momento”, declarou, anteriormente.