O coronel Helder, um dos responsáveis pela implantação da nova Escola de Sargentos do Exército, na cidade de Abreu e Lima, disse nesta quinta-feira, em um café da manha no Comando Militar do Nordeste, que a força vai deixar o meio ambiente na área escolhida para o projeto estruturador melhor do que está hoje, em termos de conservação e sustentabilidade. “Quando falamos de meio ambiente, é preciso deixar claro que baixo impacto não é impacto zero.
Haverá um legado econômico, um legado social e um legado ambiental enorme.
Vamos deixar a área melhor do que antes.
Não apenas porque a lei exige compensação ambiental, mas porque o projeto da nova Escola de Sargentos nasceu sob os auspícios de portarias do Exército que orientam a sustentabilidade”, disse. “Vamos ter uma escola sustentável, do ponto de vista econômico, social e ambiental.
Vamos usar pouco mais de 1,5% da área.
A lei manda compensar e vamos além.
Se não fosse a compensação, não teríamos a Via Mnague, não teríamos Suape”, comparou.
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Paulo Câmara temeu que Pernambuco fosse garfado O militar explicou que, em todo o Brasil, todas as áreas sob o comando do Exército são um fator de conservação ambiental, ajudando a evitar alagamentos, amenizando o clima e valorizando todo o entorno. “A atividade militar, assim, é e sempre foi compatível com que haja uma melhora no meio ambiente (não uma degradação).
Nós precisamos destas áreas preservadas (para a prática dos exercícios militares)”, explicou. “A melhor prova disto é que o CIMNC, surgido em 1944, a partir de nove engenhos de cana de acúcar, hoje é o maior fragmento de Mata Atlântica fixa mais próximo ao São Francisco.
Antes, era pasto e cana” Na exposição desta manha, os militares deixaram claro que a área reservada ao projeto estruturador foi toda ela planilhada e que o efeito será mínimo. “Vamos ter que retirar muito pouco de vegetação, uma vez que estamos falando de menos de 2% da área total.
Além disto, nós estudamos as áreas que haveria o menor impacto.
Há manga, jaca, plantas exóticas, é uma mata secundária.
Outra diretriz, prevista em lei, é construir em uma distância de 100 metros dos mananciais.
Vamos cumprir tudo que as leis ambientais pedem e vamos além”, explicou. “Um exemplo de que vamos ter ganhos de sustentabilidade.
Vamos deixar a qualidade da bacia do rio Catucá (que abastece a barragem de Botafogo, em Igarassu) melhor do que antes, com o replantio de matas ciliares.
Isto amplia o volume do rio, liga dois fragmentos da bacia que não estão conectados.
Com isto, Pernambuco, que tem um dos maiores déficits hídricos do Brasil, vai ter a garantia de preservação das águas que chegam a Botafogo.
O rio nasce no CIMNC, lá não tem esgoto, não tem fertilizante”, explicou.
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