Sem alarde, alguns órgãos da Prefeitura do Recife estão contratando vigilância armada privada, ao mesmo tempo em que o prefeito João Campos (PSB) nega armar a guarda municipal do Recife.
A categoria reclama que João Campos é o único prefeito de capital do Nordeste que nega armar sua guarda municipal.
O Blog teve acesso a documentos da URB Recife, estatal da Prefeitura do Recife, que está buscando a contratação de vigilância armada privada.
A denúncia partiu de guardas municipais bolsonaristas, sob reserva de sigilo jornalístico.
A função constitucional da guarda municipal é fazer a vigilância patrimonial de órgãos da Prefeitura, inclusive prédios públicos.
A URB Recife enviou ofício para a Secretaria de Administração do Estado para aderir a uma ata de registro de preços do órgão sobre vigilância armada. “Recife é a única capital do Nordeste que os guardas municipais tem que andar desarmados, com total insegurança.
Os bandidos pensam que somos PMs pelo uniforme, mas não temos como nos defender”, reclama a fonte, sob reserva.
Em ao menos 20 capitais do país, as guardas municipais já contam com armas como forma de garantir a segurança dos profissionais e contribuir com o combate à violência – principalmente os assaltos.
Com exceção do Recife, todas as outras capitais do Nordeste já contam com a Guarda Municipal armada.
O secretário de Segurança Cidadão do Recife, Murilo Cavalcanti, afirmou ao JC que essa possibilidade não está em estudo no Recife. “Não há evidência de que armar a Guarda Municipal irá diminuir a violência.
O Brasil vive um momento muito difícil, com explosão da violência em todos os grandes centros urbanos.
Salvador (BA) é um exemplo.
Mas armar a Guarda não é a pauta do momento”, declarou, então.