A chegada de um terminal de cargas privado no Porto de Suape, operado por uma subsidiária da empresa dinamarquesa Maersk, gerou apreensão entre os trabalhadores portuários.

Os trabalhadores reclamam de falta de diálogo e indefinição de como será a contratação de mão de obra para o novo terminal.

Isso porque, no caso da operação privada, não existe a obrigatoriedade da contratação de mão de obra avulsa para as operações portuárias através do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO).

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Pernambuco, Josias Santiago, afirma que a nova operação comercial vai impactar toda cadeia produtiva que hoje funciona em Suape. “Vamos ficar sem cargas de um lado e sem empregos do outro”, disse, em informe ao Blog de Jamildo.

Santiago também critica a falta de diálogo entre as partes envolvidas no processo. “É preciso que os postos de trabalho sejam preservados.

O diálogo entre as entidades sindicais e a representação do setor econômico é fundamental.

O governo de Pernambuco precisa assumir a sua responsabilidade, de forma a estabelecer garantias e dialogar com os diversos setores produtivos que serão afetados”, declarou. “As pessoas escondem que o terminal da Maesrk vai operar sem as obrigações do porto organizado (Como o Tecon Suape), em ampla vantagem comercial com quem opera hoje, do pequeno ao grande.

Nessa briga é o trabalhador que vai pagar a conta.

Vamos ficar sem cargas de um lado e sem empregos do outro”, disse.

Procurada, a empresa APM terminals informou que não iria se pronunciar.