A aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda é baixa, com 51,6% de aprovação, segundo pesquisa Paraná Pesquisas divulgada nesta quarta-feira (13).
O percentual é praticamente o mesmo dos votos que o petista teve no segundo turno das eleições de 2022.
Somados, os possíveis presidenciáveis do centro à direita têm 48% dos votos.
Pela pesquisa, a centro-direita tem motivos para acalentar maiores esperanças para 2026.
Os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Ratinho Junior (PR), apontados como potenciais presidenciáveis, conseguem atingir dois dígitos na pesquisa, uma boa marca considerando que faltam três anos para a eleição e que há espaço para que se tornem mais conhecidos no cenário nacional.
Outros políticos do mesmo espectro ideológico também aparecem bem.
A ministra Simone Tebet, terceira em 2022 com 4,2% dos votos válidos, tem hoje o dobro de intenções de voto.
Tarcísio de Freitas mostra-se competitivo em ao menos três regiões, embora não vá bem no Nordeste, com 9% apenas, talvez por desconhecimento do eleitor.
No Norte e Centro Oeste, bem como no Sudeste e Sul, tem avaliação positiva na casa dos 22%. “Lula ainda não conquistou o eleitor de Bolsonaro e já perdeu a sua lua de mel”, avalia Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas. “Chama a atenção o fato de Lula não ter conseguido avançar em seus percentuais.
No ano passado, ele só conseguiu furar o seu teto devido à rejeição de Bolsonaro”, avalia Hidalgo.
A pesquisa também mostra que Lula ainda não conseguiu avançar sobre o contingente que não optou por ele em 2022.
Em nenhum dos quatro cenários sondados, o petista chega perto de seus 48% de votos totais no primeiro turno.
Somados, os possíveis presidenciáveis do centro à direita têm 48% dos votos.
Um dos motivos para a dificuldade de Lula de se aproximar do eleitorado bolsonarista é a falta de acenos claros a esse segmento.
Um exemplo é a maneira como o governo não consegue desvencilhar a sua imagem das pautas de costumes, que têm sido responsáveis, em grande parte, por azedar a lua de mel de Lula.
O levantamento foi feito para VEJA pelo instituto Paraná Pesquisas Lula tem o governo aprovado por 51,6% do eleitorado, uma maioria apertada e quase o mesmo percentual dos votos que teve no segundo turno (50,9%).
Quatro em cada dez consultados desaprovam a sua gestão à frente do país, embora a maioria ache que ele faz um governo melhor que o de seu antecessor.
O percentual dos que avaliam a sua gestão como ótima ou boa (38%) é praticamente o mesmo dos que a consideram ruim ou péssima (35%) — como referência, nos oito meses iniciais do seu primeiro mandato, em 2003, o petista tinha 45% de ótimo/bom e apenas 10% de ruim/péssimo, segundo o Datafolha.
Para a maioria (22,9%), a área em que o presidente tem ido pior é a da segurança, um tema sensível e que tem sido largamente explorado pela direita nos embates eleitorais.
Nas últimas semanas cresceu o volume das críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na esteira da violência recorde em estados como a Bahia e de casos bárbaros como os assassinatos de três médicos no Rio de Janeiro.
O segundo maior problema citado na pesquisa não é menos sensível: a economia.