Em relato reservado ao blog de Jamildo, os grupos empresariais nacionais, sejam grandes indústrias ou grandes atacadistas, da área logística, passados nove meses da nova gestão estadual, informam que estão estressados com o governo Raquel Lyra, do PSDB.

O motivo é a concessão de benefícios fiscais, via Prodepe (programa de incentivos do governo do Estado, para atração e manutenção de de empreendimentos relevantes para a economia do estado).

Nos bastidores, eles reclama da falta de compromisso com as reuniões do Condic (Conselho que aprova na ADEPE (ex-AD/Diper) os projetos incentivados pelo Estado).

As reuniões para análise e aprovação de projetos vem sendo paulatinamente adiadas e ninguém recebe justificativa. “Falta de comprometimento total.

Desde junho não tem reunião do CONDIC… Tem empresas esperando aprovação desde o início do ano.

A última reunião foi em março.

Tanto a reunião de junho quanto a reunião que haveria nesta quinta, ninguém fala a respeito”, explicou ao Blog de Jamildo um grande industrial interessado em investir no Estado, gerando emprego e renda.

No governo passado, em comparação, para estimular a pecuária de corte no Estado, o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Roberto Abreu e Lima, deu ajuda fiscal a própria Masterboi, gigante nacional, através do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), ao lado de uma leva de incentivos fiscais para a empresa, via Prodepe (Programa de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco).

O único problema era a caixa preta. jamais a Secretaria da Fazenda ou a Ad/Diper divulgaram o valor da renúncia fiscal, que sai dos impostos pagos pelos contribuintes.

Reunião do Condic, no governo Paulo Câmara - Eduarda Andrade/AD Diper Desemprego elevado na RMR Em agosto, poucos dias depois de a vice-governadora do Estado Priscila Krause ter dito, na Fiepe, ‘Nós inauguramos um novo tempo em Pernambuco’, o IBGE divulgou a PNAD Contínua Trimestral, com dados de desocupação para Pernambuco, Grande Recife e a capital pernambucana.

A taxa de desocupação em Pernambuco entre a população de 14 anos ou mais no 2º trimestre de 2023 foi de 14,2%, a maior do país.

No trimestre anterior, o estado havia ficado na segunda posição, atrás da Bahia, com 14,1%.

No Brasil, o índice foi de 8%.

Segundo o IBGE, em números absolutos, 600 mil pernambucanos procuraram emprego entre abril, maio e junho e não encontraram, uma estabilidade em relação ao trimestre anterior.

O instituto também divulgou a taxa de desocupação da Região Metropolitana do Recife, que foi de 16,9% no período, a mais alta entre as 20 regiões metropolitanas pesquisadas, e a do Recife (16,3%), também a mais expressiva entre as capitais brasileiras.

Aumento do pessimismo Uma pesquisa realizada pela empresa Conectar, para o Lide Pernambuco, no final de agosto, também mediu o grau de otimismo em relação ao governo Raquel Lyra, entre os empresários locais, depois de oito meses de gestão.

Na amostra, chama a atenção que subiu de 4% para 17%, uma elevação de 13 pontos porcentuais, a percepção de empresários muito pessimistas.

Os que se declararam otimistas saíram de 65% para 69%, quatro pontos porcentuais.

Também chama atenção a parcela que se dizia muito otimista.

Em março deste ano, o indice somava 29% da mostra.

Agora em agosto, com uma queda de 15 pontos porcentuais, essa parcela soma 14% de empresários muito otimistas.