Continua a polêmica entre as autoridades no Festival de Inverno de Garanhuns.

Nesta quarta, Matheus Martins, secretário de Turismo de Garanhuns, rebateu as críticas que o secretário de Turismo de Pernambuco, Daniel Coelho, fez à iniciativa do município, ao retomar de vez o evento, após ter sido alijada do processo de produção com a chegada de Raquel Lyra ao governo do Estado.

O prefeito Sivaldo Albino pertence ao PSB, partido que faz oposição ao PSDB de Raquel, e vice-versa.

Nesta mesma quarta, O ativista Rodrigo Ambrósio, aliado de Daniel Coelho, rebateu as críticas e bateu duramente na gestão da cidade.

A polêmica teve início após a especulação de que o apoio da Fundarpe ao festival poderia ser transferido para Gravatá, e não mais Garanhuns, conforme relato do blog de Jamildo, nesta terça-feira ainda.

Leia Também Festival de Inverno de Garanhuns poderá ser transferido para Gravatá em 2024 “Uma das joias da coroa de Garanhuns, o Festival de Inverno, sempre foi uma celebração da cultura, da arte e da diversidade.

No entanto, sob a administração de Sivaldo Albino, parece que até mesmo o espírito do FIG está à venda, por propostas feitas pelo próprio prefeito, que incluem o fechamento do espaço aéreo, a criação de uma polícia privada e a censura daqueles que não têm sua bênção”, afirmou Rodrigo Ambrosio, líder do Livres. “A introdução de medidas como a necessidade de autorização especial para poder mencionar o festival na cidade parece ser uma tentativa de monopolizar e lucrar com um evento que pertence a todos os cidadãos.

Isso levanta uma preocupante questão: quem manda na cidade agora, o povo ou os patrocinadores?” “Logo no início de sua proposta, a prefeitura quer considerar todo o território da cidade, do chão aos céus, como parte do evento.

O fechamento do espaço aéreo da cidade inteira durante o FIG é mais uma evidência da aparente determinação de Sivaldo Albino em transformar Garanhuns em uma cidade fechada e controlada, onde quem manda é o dinheiro”. “Dentre tantos escândalos inconstitucionais, o projeto da prefeitura inclui a criação de uma força policial privada, podendo ser formada por capangas e empresas de vigilância, capaz de supervisionar o comércio em uma virada sombria na gestão de Garanhuns.

Sua loja vai fazer uma promoção na cidade de uma marca que não é patrocinadora do FIG?

Cuidado!

A prefeitura promete te multar em R$ 9.400,00 e apreender toda a sua mercadoria.” “A determinação de Sivaldo impõe um controle rigoroso até mesmo sobre o som na cidade de Garanhuns.

A proposta aponta para a necessidade de autorização para qualquer tipo de atividade sonora durante o Festival de Inverno, um evento que historicamente celebra a música, a arte e a cultura em todas as suas formas.

Mas essa restrição não se limita apenas ao FIG.

O som em casas e nas ruas da cidade também estão na mira das autoridades locais, que podem multar o cidadão em R$ 6.500,00”. “A tentativa do prefeito de Garanhuns de vender a cidade inteira em seu projeto de privatizar o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) é motivo de profunda preocupação”. “O FIG sempre foi um evento público e cultural, um momento de celebração que une pessoas de todas as classes sociais em torno da música e da arte.

Sim!

A captação de recursos privados para bancar o projeto é muito bem-vinda, mas a ideia de transformá-lo em uma micareta paga para encher os bolsos de empresários que apoiam, onde apenas alguns têm acesso privilegiado ao palco, enquanto outros são relegados a um segundo plano, é simplesmente inaceitável. “Tudo o que é financiado com dinheiro público deve permanecer como um evento público e gratuito, aberto a todos os cidadãos pernambucanos.

Não se pode permitir que um pequeno grupo de produtores de eventos, com interesses obscuros, transforme este festival em algo que privilegie apenas os mais ricos e poderosos, querendo mandar em toda a cidade e prometendo até mesmo cordão de isolamento na festa”. “Em vez de ser um farol de cultura e criatividade, Garanhuns corre o risco de se tornar uma cidade do silêncio, onde a música é silenciada e a expressão artística é sufocada pelo dinheiro. É fundamental que os cidadãos de Garanhuns e todos aqueles que valorizam a liberdade e a cultura se unam para resistir a essas restrições excessivas.

Uma cidade que perde sua voz perde sua alma, e Garanhuns merece continuar sendo a cidade vibrante e musical que todos conhecemos e amamos”.