A quarta edição da pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, realizada pela Genial/Quaest, revelou uma deterioração nas expectativas do mercado para a economia brasileira, impactando diretamente a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A incerteza sobre o sucesso do ajuste fiscal proposto é o principal fator de pessimismo, com 95% dos entrevistados não acreditando em um déficit zero para 2024.

Expectativa para economia e avaliação de Lula e Haddad têm quedas com o mercado financeiro A expectativa positiva para a economia caiu 17 pontos percentuais em relação a julho, atingindo 36%.

Esta queda influenciou negativamente a avaliação do governo Lula, cuja aprovação caiu de 20% em julho para 12% na pesquisa atual.

Quase metade dos entrevistados (47%) avaliam negativamente o governo, enquanto 41% consideram sua atuação regular.

O trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que teve grande influência na avaliação do governo Lula na pesquisa anterior, viu sua aprovação cair 19 pontos percentuais, para 46%.

Para 72% dos entrevistados, a economia está indo na direção errada.

A pesquisa também revelou preocupações sobre a capacidade do governo de aprovar sua agenda no Congresso.

Aqueles que duvidam dessa capacidade superaram aqueles que acreditam nela: 27% contra 20%.

Além disso, há dúvidas sobre as reformas propostas.

A reforma tributária é vista como a mais provável de ser concluída pelo Senado, com 74% dos entrevistados acreditando nisso.

Leia Também Dias Toffoli, do STF, suspende processo contra ex-juiz da Lava Jato considerado suspeito pelo TRF4 Gleisi Hoffman vem a Pernambuco para evento de filiação de Elias Gomes ao PT O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em agosto pelo governo federal, é visto como uma medida negativa por 71% dos entrevistados.

O valor anunciado de R$ 1,68 trilhão é considerado inadequado por 85% dos entrevistados e os investimentos previstos são vistos como ineficientes para o crescimento do país por 86%.

No ranking de confiabilidade das personalidades públicas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, manteve a liderança com 85%.

Há também uma alta preocupação com quem será o próximo presidente do Banco Central: 68% se dizem “muito preocupados”.

Sobre a pesquisa Genial/Quaest com o mercado financeiro A pesquisa foi realizada online entre os dias 13 e 18 de setembro e contou com a participação de 87 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e São Paulo.