Eleições, com suas promessas de campanha, são momentos de exaltação demagógica ao limite.
Quando a demagogia é voltada para a área de segurança, as consequências podem ser ainda mais perigosas.
A derrocada final do Pacto pela Vida tem, ao certo, vários fatores, mas a polêmica criada em torno das faixas salariais na PM pode ter tido um papel preponderante, por desestimular os quadros da corporação.
A mudança foi realizada no governo Paulo Câmara, sem qualqyer polêmica à época, uma vez que no seu bojo trazia um substancial gasto com os militares.
O problema é que, atualmente, essa discussão pode estar causando fadiga interna e deixando Raquel Lyra em uma sinuca de bico, porque foi adotada para conter os gastos com os militares, que somam boa parte da folha de pessoal, quando incluído aposentados e pensionistas.
O deputado bolsonarista Alberto Feitosa (PL), disse no plenário da Assembleia Legislativa que a extinção das faixas salariais dos policiais militares e civis e bombeiros não foi sequer falado na apresentação do Programa Juntos pela Segurança. “A promessa não cumprida de extinção das faixas eleitorais dos policiais é o maior estelionato eleitoral desse atual governo. …
Os policiais estão desamparados, a população abandonada e os bandidos livres para agir a luz do dia”, disse.
Em agosto de 2022, Miguel Coelho promete acabar faixas salariais Um dia após o primeiro grande ato político de sua campanha eleitoral, em Petrolina, o candidato a governador Miguel Coelho defendia o seu plano de governo e dizia que as propostas da coligação “Pernambuco com força de novo” (UB, Podemos, Patriota e PSC) iriam resgatar a dignidade do povo pernambucano.
Durante entrevista a uma rádio da cidade sertaneja, Miguel falou expressamente sobre o tema, entre pontos como saúde,infraestrutura, educação e impostos.
Na segurança, o candidato do União Brasil garantia que iria integrar as guardas municipais com as demais forças, acabar com as faixas salariais da PM e modernizar e melhorar o salário da Polícia Civil.
Anderson criticou faixas salariais da PM e cobrou Governo Paulo Câmara por escalada da violência Em abril de 22, durante entrevista concedida pelo ex-prefeito do Jaboatão dos Guararapes e então pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Anderson Ferreira, às rádios Cabo FM e Folha FM, na Região Metropolitana, o tema foi abordado pelo liberal como um dos pontos que contribuem para a desvalorização da categoria. “A extinção das faixas salariais dos servidores da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) voltou ao centro do debate sobre a valorização dos profissionais da segurança pública no estado.
O tema demonstra a falta de articulação e capacidade do atual governo em lidar com a segurança pública como um pilar fundamental na manutenção de uma sociedade íntegra”. “A criação das faixas salariais, instituída em 2017 pelo governador Paulo Câmara (PSB), resultou em profundas críticas junto à categoria por criar desigualdades entre militares que ocupam um mesmo posto, além de ir contra os princípios de paridade e integralidade.
O tema voltou a ser debatido na Assembleia Legislativa (Alepe) em 2021, mas, sob orientação do governador, a análise sobre a constitucionalidade do dispositivo acabou atropelada pelo rolo compressor da base aliada sob argumentos de que seria discutida em outras ocasiões, o que não ocorreu até o momento”.
O presidente do PL em Pernambuco sacou o tema ao comentar o episódio em Porto de Galinhas, em que moradores e turistas ficaram sob estado de sítio devido à insegurança e à violência.
Raquel acabou com a exigência de metas de produção Discurso sindical de Meira no lançamento do “Juntos pela Segurança” O deputado federal Coronel Meira (PL/PE) participou do evento de lançamento.
Na ocasião, o parlamentar falou do empenho dos policiais que teriam sido esquecidos e passaram por dificuldades nos governos anteriores e reforçou “seu apoio” a Raquel, se colocando à disposição para ajudar a Governadora no combate da criminalidade.
Ao que parece, apoio se o governo atender as demandas sindicais. “A senhora é uma mulher determinada, de palavra, e vai cumprir o que propõe em seu planejamento, que é entregar ao Estado de Pernambuco o melhor programa de Segurança Pública; porém, a senhora tenha certeza que, para que tenhamos êxito, o Estado precisará investir nas tropas, e em cada homem e mulher policial que aqui está.
Acredito que a segurança em Pernambuco vai mudar, por isso Governadora, deposito toda minha confiança na senhora e em sua equipe, da qual também faço parte; conte com o ‘Soldado’ Coronel Meira para enfrentar a bandidagem”, disse o parlamentar.
Joel da Harpa critica ‘Juntos pela Segurança’: ‘A tropa ficou frustrada’ No começo de setembro deste ano, logo depois do evento oficial de Raquel, o deputado estadual Joel da Harpa comentou o projeto Juntos pela Segurança, lançado na tarde desta segunda-feira (31) pelo Governo do Estado. “Não vamos tapar o sol com a peneira.
A nossa obrigação é expressar o sentimento da tropa”, disse. “Especialmente, policiais civis, militares e bombeiros ficaram frustrados pela ausência de uma divulgação de novas propostas para a segurança pública, quanto a políticas de valorização profissional e salarial, cujo foco deve ser o fim das faixas salariais”. “Vamos permanecer na Assembleia Legislativa lutando pelas categorias de segurança pública, especialmente polícias e bombeiros militares para que a valorização chegue.
Esperamos que a governadora acabe com as faixas salariais, assim como prometido por ela em campanha”, disse o parlamentar.
Joel afirmou que estaria “preocupado com o clima de desânimo que tomou conta da tropa, a qual vem enfrentando muitas dificuldades desde a criação das faixas no governo anterior”.
Alberto Feitosa diz que a promessa de Raquel Lyra não cumprida para policiais foi o maior estelionato eleitoral do atual governo Na metade de agosto, o deputado bolsonarista Alberto Feitosa voltou a cobrar no plenário da Assembleia Legislativa a extinção das faixas salariais dos policiais militares e civis e bombeiros.
O assunto foi promessa de campanha da governadora Raquel Lyra e o deputado reclamou que não foi sequer falado na apresentação do Programa Juntos pela Segurança, do novo governo do PSDB. “A promessa não cumprida de extinção das faixas eleitorais dos policiais é o maior estelionato eleitoral desse atual governo.
Os pernambucanos não aguentam mais tanta insegurança.
Os policiais estão desamparados, a população abandonada e os brandidos livres para agir a luz do dia”, disse Feitosa.
Na fala, o parlamentar não explicou o custo da medida, adotada no governo Paulo Câmara em uma reformulação da carreira militar no Estado.
Agosto de 2023 tem recorde de mortes violentas em Pernambuco A violência em Pernambuco disparou, no mesmo mês em que caiu a primeira secretária mulher da SDS Carla Patrícia, chamando de volta Alessandro Carvalho, ex-auxiliar de Eduardo Campos e Paulo Câmara.
Pernambuco registrou 292 homicídios em Agosto de 2023.
Um aumento de 36%, em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram anotados 214 assassinatos.
Protesto no Sete de setembro e audiência pública na quarta da semana passada No Desfile de 7 de setembro, na Imbiribeira, Joel da Harpa esteve junto a um grupo de pensionistas que aproveitaram a presença de várias autoridades e realizaram um ato público trajadas com roupas pretas e com faixas com reivindicações, como as faixas salariais.
Por iniciativa do deputado Joel da Harpa, na quarta–feira, dia 13 de setembro, chegou a ser realizada uma audiência pública para discutir a questão, especialmente policiais e bombeiros militares da ativa, aposentados e pensionistas.
O fim das faixas salariais foi um dos temas do evento, no auditório Ênio Guerra.
Entidades representativas das categorias estiveram presentes. “O Legislativo precisa estar acompanhando de perto essas demandas para a construção de soluções para os problemas apresentados.
A segurança é um tema de interesse público e urgente.
A tropa está frustrada com a ausência de novas propostas para a segurança pública, quanto a políticas de valorização profissional e salarial”, diz.
Coronel Alberto Feitosa defende mudança na Constituição para acabar faixas salariais dos policiais e bombeiros O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa defendeu que a Proposta de Emenda à Constituição, PEC 17/2023, de sua autoria, é uma ferramenta legal para finalmente promover a extinção das faixas salariais de policiais e bombeiros.
Atualmente existem subdivisões de salários por faixas dentro da corporação.
Ele diz que elas são “famigeradas”, em um aceno às corporações militares.
A PEC 17/2023 do parlamentar propõe acabar com os intervalos remuneratórios, faixas vencimentais ou equivalentes para servidores militares que ocupem o mesmo posto ou graduação.
O parlamentar diz que o tema é um pleito antigo da família dos servidores militares e foi, mais uma vez, trazido à tona na Audiência Pública sobre Segurança no Estado realizada no início de agosto, que lotou o auditório da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Coronel Alberto Feitosa vem cobrando a promessa de campanha, não cumprida, da governadora desde o primeiro trimestre. “Da forma que está hoje isso representa uma ofensa ao princípio da meritocracia e da eficiência no serviço público.
A PEC está em total conformidade com os mandamentos constitucionais.
Não há razão para a não extinção das faixas salariais ”, defendeu Feitosa.