O advogado Antônio Campos, irmão de Eduardo Campos e tio de João Campos, não gostou do tamanho da placa que homenageia seu pai, Maximiniano Campos, no Parque Apipucos, entregue hoje à população.
O prefeito João Campos fez a entrega ao lado de secretários municipais, vereadores e a população, sem citar o escritor, na divulgação oficial.
O Instituto Maximiano Campos e Antônio Campos, gestor do nome e obra do escritor por força do inventário do escritor, conta que já tinha alertado a Prefeitura do Recife para cumprimento da lei municipal da época do prefeito João da Costa. “Até a inauguração, hoje, não constava o nome do escritor, botaram uma placa, embora discreta, em comparação aos nomes de personalidades de outros parques”. “O problema é que o nome precisa de uma lupa ou telescópio da Nasa para que seja visto.
Porque isso?
Não se fazem mais netos como antigamente.
A implicância é com os Campos em geral, tirando Eduardo Campos, enquanto exaltam a figura de Ciro (Andrade Lima), pai de Renata (Campos)”, afirma.
Obras beneficiam também o entorno do açude e incluíram implantação de Parcão, píer, requalificação dos quiosques e novas áreas para lazer e exercícios físicos - Marlon Diego/Prefeitura do Recife Veja a nota oficial Parque Apipucos Maximiano Campos Hoje foi entregue à população do Recife o Parque Apipucos Maximiano Campos, que é um importante equipamento de lazer da cidade.
O Instituto Maximiano Campos e Antônio Campos, gestor do nome cultural e da obra de Maximiano, por força do inventário do escritor, havia alertado, por mais de uma vez, formalmente, a Prefeitura do Recife, para que fosse cumprida a Lei Municipal, sancionada pelo prefeito João da Costa, que dava nome ao Parque, uma vez que em todas as placas da obra de revitalização, na atual gestão, somente constava Parque Apipucos.
Hoje, na inauguração, restou demonstrado que a Prefeitura do Recife, na atual gestão, diminuiu a homenagem, colocando apenas uma diminuta placa de quase nenhuma visibilidade, o que contrasta com as homenagens, em outros parques do Recife, a outros escritores ou personalidades.
A União Brasileira de Escritores/PE já emitiu na data de hoje uma nota que reivindica que a homenagem se dê na proporção devida e justa à importância do homenageado.
Já foi solicitado à OAB/PE, através da Comissão de Cultura, que a mesma se pronuncie sobre o assunto, já que o escritor era também advogado.
O legado de Maximiano Campos é algo que engrandece as melhores tradições literárias e de resistência democrática na história de Pernambuco, tendo casado com a filha de Miguel Arraes, Ana Arraes, logo após o golpe militar de 1964, tendo sido seu casamento realizado na Base Militar da Aeronáutica, no Recife, cercado por forças militares, o que foi objeto de registro na série de livros sobre a ditadura, de Elio Gaspari, ante a singularidade na forma da realização da cerimônia de casamento.
O Instituto Maximiano Campos e o seu filho, Antônio Campos, lutarão pela justa homenagem, ora diminuída, o que não aconteceu em outros monumentos ou museus em outras cidades do Estado de Pernambuco, como Goiana, que possui o Museu de Arte Sacra Maximiano Campos, com o devido destaque do nome e também, a Escola Técnica Maximiano Campos, em Jaboatão dos Guararapes.
Instituto Maximiano Campos/Antônio Campos