Antes de aciornar o TCE, pedindo investigação sobre a festa literária de R$ 52 milhões do governo do Estado, o deputado Sileno Guedes. “O montante é tão elevado que viabilizaria a construção de três escolas integrais e quase cinco escolas técnicas”, afirmou. “É um valor exorbitante a ser pago pelo Governo de Pernambuco a uma empresa privada, sem concorrência pública, para a realização da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro)”, reafirmou depois.

Mesmo aliados da tucana, ficaram inertes. “Indefensável”, afirmou um aliado próximo.

Leia Também Após repercussão negativa, Governo de Pernambuco cancela inexigibilidade de R$ 52 milhões para Fenelivro Deputados do PSB acionam Governo Raquel Lyra no TCE por feira literária de R$ 52 milhões No mercado de livros local, houve quem fizesse piada. “Em qualquer lugar do mundo isso seria um escândalo, um escárnio… Pernambuco é uma mistura de várzea com faroeste.

Que lástima!”, afirmou um produtor cultural. “Com esses recursos, seria possível comprar um milhão de livros.

A bienal do Rio de Janeiro deu R$ 100 a aluno e R$ 200 a professor .

A mais importante do Brasil”.

As pessoa que fizeram estas observações não aceitaram declinar o nome, com receio de retaliação por parte do governo. “Em resposta após a repercussão negativa do caso, a Secretaria de Educação e Esportes chegou a argumentar que R$ 41 milhões seriam utilizados em bônus para profissionais de educação na aquisição de livros durante a feira e que os R$ 11 milhões restantes seriam destinados ao incremento do acervo das escolas da rede estadual de ensino.

Contudo, persistiram a estranheza dessas ações ao objeto principal da contratação, que seria a promoção da feira, e a falta de transparência sobre o orçamento do evento”, afirmou Sileno Guedes, já nesta sexta.

No processo, também se verificou total falta de transparência.

A coluna eletrônica solicitou e aguardou explicações ou esclarecimentos desde o início da manhã e não teve resposta alguma.

Ouvir para não mudar Após duas duplicações do Blog de Jamildo sobre o tema, nesta quinta-feira, o governo do Estado divulgou uma nota oficial, garantindo a compra com o fornecedor único. “O ato torna sem efeito o extrato da Secretaria de Educação e Esportes (SEE) que autoriza inexigibilidade de chamamento público para posterior formalização do termo de fomento com a Andlivros”. “O ato foi suspenso porque, para garantir o bônus de livros para todos os professores e agentes administrativos da rede estadual de ensino, objeto deste investimento, será necessário um instrumento legal que estabeleça e normatize a bonificação.

A matéria, de autoria do Poder Executivo, será publicada”. “A decisão do Governo de Pernambuco pela garantia de recursos para professores e agentes da SEE terem acesso a amplo acervo bibliográfico está garantida e é mais um passo para reforçar a qualidade do ensino em Pernambuco”.