Mais cedo, nesta sexta-feira, o presidente do SINPOL-PE, Rafael Cavalcanti, em nota ao Blog de Jamildo, cobrou providências e manifestou profundo pesar pela morte de três policiais militares PMs em Pernambuco num mesmo dia, sendo dois deles da PM de Pernambuco, Eduardo Roque e Rodolfo Silva, durante ocorrência no município de Camaragibe e um terceiro policial da PM do Rio Grande do Norte, o soldado Adyniel Ulisses, pernambucano, vítima de assalto nas imediações do Atacadão do município de Igarassu.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, fará pronunciamento, hoje, no Palácio do Campo das Princesas, sobre os episódios de violência que ocorreram nas últimas horas.
Em seguida, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, conversa com a imprensa.
As mortes dos PMs em Pernambuco aconteceram no mesmo dia em que, de tarde, o governo Lula e o governo Raqquel Lyra anunciaram um acordo para integração e combate ao crime organizado, em Pernambuco. “Mais um dia trágico para os pernambucanos e para a categoria policial.
Lamentavelmente tivemos mais um dia triste em nosso Estado”, avaliou Cavalcanti. “O Sindicato vem repudiar a violência que assola a sociedade pernambucana, onde Policiais vem perdendo a vida.
Neste momento expressamos nossas condolências aos familiares e amigos dos colegas vítimas dessa tragédia”.
Neste começo de tarde, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, reagiu e fez cobranças pública, mesmo sendo aliado da governadora Raquel Lyra no PSDB.
Agora em 2023, morreram 1722 pessoas de forma violenta no Estado, de acordo com as estatísticas oficiais.
Mais de duas mil mortes, segundo o balanço oficial da SDS. Álvaro Porto exigiu uma resposta rápida da Secretaria de Defesa Social após o assassinato de três policiais na Região Metropolitana do Recife na quinta-feira (14.09).
Porto enfatizou que os policiais não devem se tornar vítimas da violência e pediu uma forte reação da SDS.
Porto elogiou os policiais que prenderam os assassinos do PM em Igarassu e expressou a expectativa da sociedade de que os assassinos dos PMs de Camaragibe sejam presos o mais rápido possível.
O presidente da Alepe também expressou solidariedade às famílias enlutadas e enfatizou que incidentes como esses não podem continuar ocorrendo, deixando a sociedade e a polícia à mercê da insegurança e da criminalidade.
Ele expressou suas condolências aos amigos e familiares neste momento de luto e sofrimento.
Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco.
Na foto, o presidente da entidade, Rafael Cavalcanti - RENATO RAMOS/JC IMAGEM Onda crescente de violência De acordo com o Sinpol, observa-se crescente violência que assola a todos em Pernambuco e culpa diretamente o governo Raquel Lyra. “Este triste episódio reforça a urgência de ações efetivas para conter a onda de criminalidade que assombra a população.
Infelizmente, não temos visto o Estado construindo um caminho consistente que comece a diminuir essa curva de violência. É essencial um esforço conjunto das autoridades para enfrentar essa realidade que tanto aflige a todos”. “O SINPOL-PE reitera seu compromisso com a defesa dos direitos dos profissionais da segurança e com a busca incessante por um ambiente seguro para todos.
Exigimos medidas efetivas do poder público no combate à criminalidade, visando resguardar a vida e a integridade não apenas dos policiais, mas de toda a população pernambucana”.
Na semana passada, 12 entidades sindicais ligadas à segurança criaram um fórum permanente e foram ao palácio apresentar soluções e pedir providências.
Joel da Harpa quer lei mais dura Integrante da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), o Deputado Estadual Joel da Harpa defendeu a criação de leis mais rígidas e específicas para quem atirar em policiais. “Apesar de mudanças recentes na legislação (2015), ainda é insuficiente. “Atirar num policial não é um ataque somente a um profissional de segurança, mas ao próprio estado de direito. É grave e a sensação de impunidade dos bandidos aumenta a ousadia.
Estamos perdendo o controle”, disse. “Estamos no primeiro ano da nova legislatura e não podemos fechar os olhos para essa realidade que afeta todo o Brasil.
Atualmente, matar agentes de segurança, no exercício de sua função ou em razão dela, é considerado crime hediondo, com pena de 12 a 30 anos, considerado por especialistas insuficiente para um atentado tão grave contra policiais, sobretudo quando se pensa numa futura e possível progressão de regime, além de outros benefícios da própria execução penal”.