O deputado estadual Rodrigo Farias, de oposição, comentou, nesta sexta-feira, a decisão do governo do Estado em torn da polêmica licitação no valor de R$ 52 milhões para a realização da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro) após ele mesmo e os deputados do PSB Sileno Guedes e Waldemar Borges terem acionado o Tribunal de Contas do Estado (TCE). “A gestão Raquel/Priscila coleciona mais um recuo.

Desde o início do governo, já foram diversos atos da governadora que ela mesma cancelou após fiscalização do legislativo ou pressão popular.

Essa é mais uma prova de que o governo do Estado continua sem rumo”, afirmou.

A rigor, o governo Raquel Lyra não recuou da decisão, apenas suspendeu a licitação, uma vez que, em nota oficial ao Blog, afirmou que “torna sem efeito o extrato da Secretaria de Educação e Esportes (SEE) que autoriza inexigibilidade de chamamento público”, mas “para posterior formalização do termo de fomento com a Andlivros”. “É uma prova que a governadora Raquel Lyra e a vice Priscila Krause estão perdidas.

Já são mais de oito meses de governo e o que vemos são ações que depois são desfeitas.

Como essa dispensa de licitação absurda no valor de R$ 52 milhões, que se a imprensa e nós deputados não tivéssemos de olho, teria passado”, disse o parlamentar. “Os tropeços, idas e vindas de Raquel começaram já na primeira semana do governo, dia 4 de janeiro, quando depois de dar um canetaço e exonerar centenas de servidores públicos, precisou voltar atrás, pois a ação travou a gestão, sem ninguém para atender nem mesmo um telefonema nas secretarias.

Precisou republicar a decisão”, elencou.

O socialista lembrou ainda que, no início da gestão, cancelou convênios do governo do Estado com prefeituras do interior do Estado. “Foi uma clara retaliação a prefeitos ligados ao governo anterior.

Ficou feio, pois a população dessas cidades não tinha nada a ver com briga política, e Raquel novamente precisou desfazer o ato e validou os convênios”. “Em fevereiro, apenas no segundo mês de governo, a gestão Raquel/Priscila conseguiu desagradar até mesmo o torcedor pernambucano que gosta de futebol ao ordenar que os jogos da Copa do Nordeste fossem com torcida única.

A governadora não aguentou a pressão das arquibancadas e terminou recuando mais uma vez”.

A área de segurança foi outro tema citado pelo socialista. “As idas e vindas do Palácio também afetaram um tema muito sensível para os pernambucanos, a segurança pública.

Primeiro a governadora disse que apresentaria o programa Juntos pela Segurança em maio, depois desistiu e passou para junho.

Então, no último dia de julho, fez um grande ato para falar de diretrizes da segurança e dizer que lançaria o plano em 28 de setembro.

Com a queda da secretária de Defesa Social, ainda não se sabe se o prazo está mantido”. “Ao desfazer a dispensa de licitação de R$ 52 milhões por pressão da imprensa e do legislativo, Raquel e Priscila colocam mais um recuo na prateleira.

Jornalistas, deputados e população já estão fazendo suas apostas de qual será o próximo ato da governadora que será desfeito por ela mesma”, ironizou.