A possível detenção do ex-presidente Jair Bolsonaro tem sido o foco das discussões e notícias online em todo o Brasil, conforme aponta o mais recente Relatório de Clima Emocional da Latam Intersect PR, que funciona como um “raio-x” das emoções presentes nas conversas e menções na internet.
Detalhes emergem diariamente sobre o caso de prisão de Bolsonaro, relacionado a um suposto esquema ilegal de venda de joias.
Com os investigadores aparentemente negociando um acordo de delação premiada com a principal testemunha do caso, Mauro Cid, há especulações de que o próprio partido político de Bolsonaro, o PL (Partido Liberal), já esteja considerando a prisão do ex-presidente como parte de sua estratégia eleitoral futura para 2024.
A agência de Relações Públicas Latam Intersect PR aplicou seu Relatório de Clima Emocional ao termo “Bolsonaro preso” entre as segundas-feiras, 4 e 11 de setembro, para fornecer uma leitura objetiva das emoções do país em relação a essa história.
O relatório revela que, embora a média diária de notícias brasileiras mostre um grande aumento na emoção de expectativa nos últimos dias, as conversas públicas na web têm oscilado moderadamente entre raiva e medo.
Os dados foram gerados pelo parceiro estratégico da agência, Delta Analytics BV, que monitorou todas as conversas sobre o assunto no Brasil na última semana.
Roger Darashah, co-diretor da Latam Intersect PR, comenta: “É fascinante ver como nosso ECR capturou a diferença entre o ciclo de notícias e as conversas online sobre esse assunto polêmico.
Podemos ver como as notícias refletem muito mais a expectativa de um fim de semana a outro, com a emoção praticamente desaparecendo entre terça e quinta-feira, apenas para voltar com força quando o fim de semana chega.” “Por outro lado, as conversas públicas na web mostram uma leitura muito menor de emoções que parecem não ser afetadas pelo desenrolar dos acontecimentos durante a semana, embora as duas principais emoções, ‘medo’ e ‘raiva’, não sejam exatamente neutras.” “Teremos que ficar atentos ao crescente sentimento de medo na mídia, que não parece ser puramente baseado no ciclo noticioso”, conclui Roger. “Ao sermos capazes de capturar o sentimento público de uma maneira totalmente objetiva e não invasiva, esperamos poder mostrar como as notícias e as conversas públicas na web podem ser capazes de nos dizer o que vai acontecer antes mesmo que eles próprios anunciem.”