A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), optou por suspender indefinidamente o processo licitatório para a contratação de uma empresa de engenharia.

O objetivo era executar as obras de urbanização do Novo Rio Pina, que incluíam a construção de um parque linear e a remoção total das palafitas das Zeis Pina/Encanta Moça, localizadas na Zona Sul do Recife.

A decisão foi publicada na edição de quinta-feira (14) do Diário Oficial do Município, que também anunciou uma nova concorrência para a mesma área, mas para a contratação de um novo projeto para a segunda parte da intervenção.

O custo estimado para a contratação do novo projeto é de até R$ 699 mil.

Leia Também Tucanos ironizam projeto de João Campos para urbanização das margens do Pina: ‘Safari no Recife’ Retirada de moradores das palafitas abre espaço para urbanização das margens do Pina.

Veja como pode ficar Os ajustes no projeto prometido estão relacionados à entrega iminente dos habitacionais Encanta Moça 1 e 2, com a presença prevista do presidente Lula.

Parte dos moradores das palafitas da comunidade do Bode será realocada para as unidades habitacionais, enquanto outra parcela permanecerá sem apartamentos.

Em agosto, o Ministério Público do Estado de Pernambuco realizou uma reunião com os moradores da comunidade, que denunciaram alterações feitas pela Prefeitura do Recife na lista de famílias beneficiadas junto à Caixa Econômica Federal.

Projeto de urbanização engloba comunidades Jardim Beira Rio, do Bode e Areinha - Katarina Gonzaga de Moraes Outro problema a ser resolvido é a questão da titularidade da área, que pertence à estatal Pernambuco Participações e Investimentos S/A (Perpart), excluindo a faixa das palafitas.

Segundo aliados do governo do Estado, eem aviso prévio e ignorando a escritura imobiliária da área, a gestão João Campos desapropriou em agosto uma área que é propriedade da Perpart.

Estima-se que cerca de quinhentas famílias que aguardam receber o título de posse de seus imóveis, já em andamento pela estatal pernambucana, seriam afetadas por uma desapropriação irregular.

Com o recuo e os ajustes nos novos projetos, o impasse poderá ser resolvido, abrindo caminho para a realização da remoção das palafitas e urbanização da área, prometida há mais de uma década.