A pesquisa Radar Febraban, realizada pelo Ipespe, divulgada nesta semana, mostra que, com a expectativa de melhora na economia e mediante a condição de haver excedente no orçamento doméstico, a maioria dos entrevistados optaria por “comprar imóvel” (30%) ou por “aplicar os recursos no sistema bancário” (20% na poupança e 24% em outros investimentos bancários), sem alteração no ranking registrado em junho.
A disposição de compra de imóvel perpassa todos os estratos sociodemográficos, enquanto os investimentos bancários são citados sobretudo pelos de maior instrução e renda (68% e 67%, respectivamente). “Fazer cursos e melhorar a educação sua e da família” é um desejo de 17% dos entrevistados, em caso de sobras no orçamento familiar, voltando ao patamar de dezembro de 2021.
Entre os jovens de 18 a 24 anos, essa aspiração chega a 26%.
Perspectiva de endividamento acompanha expectativa de crescimento do poder de compra De acordo com o mesmo levantamento, no contexto de expectativas de ampliação do crédito, maior estabilidade dos preços, aumento do poder de compra e aproximação do final do ano, aumenta entre os brasileiros a expectativa de endividamento. “Vale notar o movimento ascendente, desde o início do ano, da perspectiva de endividamento (“mais endividado/a”), partindo de 15% em fevereiro e chegando a 25% em setembro.
Inversamente, a expectativa da população de ficar menos endividada caiu de 53% em fevereiro para 38% agora”.
Segundo o Radar Febraban, a projeção de aumento das dívidas é relativamente homogênea entre os estratos sociodemográficos, mas destoa para cima no Norte (32%) e para baixo no Nordeste (20%).
Programa Desenrola ajuda nas expectativas Subiu de 45% em junho para 70% em setembro o conhecimento sobre o programa de renegociação de dívidas do Governo Federal com a participação dos bancos, o Desenrola.
São menos de um terço (30%) os que afirmam desconhecer o programa (em junho era metade da população).
O conhecimento sobre o Desenrola é inferior a 70% somente entre as mulheres (68%), os mais jovens (54%), aqueles com instrução fundamental (66%) e renda até 2 SM (65%), e na região Norte (62%) Junto com a ampliação do conhecimento sobre o Desenrola, avança a adesão ou o interesse em participar, chegando a mais de sete em cada dez entrevistados (73%).
Esse percentual é mais alto na região Norte (82%) e nos segmentos com idade de 25 a 44 anos (80%), com renda até 2 SM (77%), com instrução fundamental (75%) e feminino (75%).