O presidente Lula voltou a criticar a Operação Lava-Jato, de Curitiba. “Depois que Gushiken nos deixou, os ataques só aumentaram.

A presidenta Dilma foi vítima de um golpe” e “uma enorme fraude judicial me tirou a liberdade e o direito de concorrer às eleições”, afirmou.

A crítica aparece em um artigo para um livro em homenagem a Luiz Gushiken, ex-deputado e ex-chefe da Secom, que morreu em 2013.

A obra tem participação de outros petistas importantes, como o ex-ministro José Dirceu e a ex-presidente Dilma Rousseff.

Em novembro de 2019, Lula foi libertado da prisão e, em março e abril de 2021, decisões do Supremo Tribunal Federal afirmaram parcialidade de Moro.

A reviravolta do caso se deu a partir de junho de 2019, quando o veículo The Intercept Brasil publicou uma série de reportagens que revelaram comportamentos antiéticos e ilegais em troca de mensagens da força-tarefa da Lava Jato, coordenada por Deltan Dallagnol, em colaboração com Sérgio Moro. “Sérgio Moro e Deltan Dallagnol trocaram mensagens de texto que revelam que o então juiz federal foi muito além do papel que lhe cabia quando julgou casos da Lava Jato”, revela uma das reportagens.

Moro chegou a sugerir a Dallagnol que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, além de cobrar agilidade e dar conselhos estratégicos e pistas informais de investigação.

O então juiz de primeira instância “criticou e sugeriu recursos ao Ministério Público e deu broncas em Dallagnol como se ele fosse um superior hierárquico dos procuradores e da Polícia Federal”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), aliado do PT.