O Exército Brasileiro confirmou que seguirá a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de afastar o tenente-coronel Mauro Cid de suas funções.

Essa decisão foi tomada em conjunto com a validação do acordo de colaboração premiada pelo ministro.

De acordo com o G1, o Centro de Comunicação Social do Exército confirmou o afastamento e informou que os assuntos remuneratórios relacionados à recente decisão do Ministro Alexandre de Moraes, referentes ao tenente-coronel Cid, estão sendo processados pela assessoria jurídica da Força. » Delação do coronel Mauro Cid é regida em contexto diferente da Lava-Jato Durante o período de fevereiro a julho deste ano, Cid recebeu um salário bruto mensal regular de R$ 27 mil do Exército, conforme informações do Portal da Transparência do governo federal.

Nesse período, o tenente-coronel acumulou R$ 171 mil em ganhos brutos, com uma remuneração líquida de R$ 116 mil.

Não há informações disponíveis no Portal da Transparência sobre as remunerações pagas a Cid em janeiro e agosto de 2023.

Como parte das condições do acordo, Cid terá que usar uma tornozeleira eletrônica e entregar todas as armas que possuía.

A decisão sobre a expulsão de Mauro Cid dependerá do julgamento final Fontes do Exército informaram que aguardarão o trânsito em julgado da condenação de Mauro Cid para tomar uma decisão.

Se a condenação for inferior a dois anos, por exemplo, ele permanecerá na corporação.

Membros do Exército expressaram alívio com o acordo de Cid, pois acreditam que a individualização das condutas remove a imagem de que toda a instituição estaria sob suspeita.

Leia Também Moraes nega acesso da defesa de Bolsonaro ao depoimento de Mauro Cid sobre joias Delação de Mauro Cid: Bolsonaro está cético e surpreso após revelação, diz coluna Lula comenta delação de Cid e diz que Bolsonaro estava envolvido em tentativa de golpe “até os dentes” Generais do alto comando mantiveram relações com o general Lourena Cid até que ele se envolveu nas investigações.

A partir desse momento, o Exército cortou relações com a família Cid.

Aliados de Bolsonaro indicam que ex-presidente está surpreso e cético sobre delação de Cid para Polícia Federal, Jair também solicitou que auxiliares investigassem o que Cid relatou para PF - Secom/Presidência da República CASO DAS JOIAS O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, confessou recentemente que o ex-chefe do Executivo ordenou a venda das joias recebidas da Arábia Saudita.

O dinheiro teria sido repassado a Bolsonaro em espécie, para não deixar rastros.

A informação foi inicialmente publicada pela Revista Veja e confirmada posteriormente pela CNN.

LIBERDADE PROVISÓRIA Mauro Cid foi preso há cerca de quatro meses, no dia 3 de maio, quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid, no sistema do Ministério da Saúde, de integrantes da família do ex-auxiliar e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Desde lá, o militar ainda foi alvo de investigação por envolvimento na suposta venda irregular de presentes oficiais e joias recebidos durante o governo Bolsonaro. » DEPOIMENTO BOLSONARO PF: Veja depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal sobre cartão de vacina adulterado O inquérito, dentro do qual a decisão de Alexandre de Moraes foi tomada, o das milícias digitais, a PF apura a existência de uma organização criminosa que teria a finalidade de atentar contra o Estado Democrático de Direito.

A colaboração também tem relação com todas as investigações relacionadas, como a investigação sobre a venda de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro.

ESPOSA DE MAURO CID, EX-AJUDANTE DE BOLSONARO, fala QUEM FRAUDOU CARTÃO DE VACINAÇÃO